Duzentos e sessenta jogos, 68 gols e uma situação incomum na temporada atual. Em seu sétimo ano vestindo a camisa do Flamengo - em duas passagens - Renato Abreu acostumou-se a ser uma das referências da equipe e envergar desde o minuto inicial das partidas a camisa 11. Em 2013, a realidade tem sido diferente. Reserva durante a Taça Guanabara, trabalha para reconquistar o espaço perdido com as chegadas de Elias e Carlos Eduardo, e a ascensão de Rafinha. Panorama que, obviamente, não agrada, mas é encarado com naturalidade pelo jogador.

- Estou aqui para ajudar. Já conversei muito com o Dorival. Quando você não está jogando, procura fazer algo importante, seja nos treinamentos ou nos jogos. Respeito a decisão dele e os meus companheiros. Não sou melhor nem pior do que ninguém. Não tenho vaidade. Se tiver que ficar no banco, fico, mas sempre brigando por posição.

Escalado como titular na última partida da fase de classificação do primeiro turno, Renato foi o destaque absoluto da vitória por 2 a 0 sobre o Olaria, marcando os dois gols. Diante do Botafogo, na semifinal, a atuação foi discreta. A importância do meia no dia a dia, porém, não se resume ao campo e bola. Experiente, ele não se priva de exercer papel de liderança e promete fazer sua parte nos bastidores para que o revés diante do Alvinegro não afete o ambiente.

- Apesar de termos muitos jogadores jovens, eles são maduros o suficiente para saber o que é uma decisão. Não podemos tirar os méritos do Botafogo, que jogou de uma maneira diferente do primeiro jogo (pela fase de classificação). Sabemos que a cobrança vai vir e antes ainda não era grande. Nós, mais experientes, vamos saber absorver um pouco melhor e dar suporte aos mais novos. O caminho é o mesmo, com trabalho, humildade e simplicidade.

Contratado ao Corinthians em 2005, Renato Abreu permaneceu no Flamengo até 2007, quando foi negociado com o futebol dos Emirados Árabes. Em 2010, ele retornou ao clube, onde conquistou a Copa do Brasil de 2006 e os Cariocas de 2007 e 2011.