O jogo contra o Botafogo, no domingo, foi apenas o 38 de Carlos Eduardo desde o dia 11 de novembro de 2010. A inatividade correspondente a esse período de pouco mais de dois anos refletiu nas primeiras exibições pelo Flamengo: foram apenas 107 minutos em três compromissos.

Estatística que reforça os cuidados e, principalmente, a paciência que comissão técnica, jogadores e torcida precisarão ter com o principal investimento realizado até agora pela nova gestão rubro-negra.

O coro já é feito por Dorival Júnior desde a estreia do jogador na Taça Guanabara e foi repetido após a eliminação da competição. Discurso amparado não só pelo apelo do treinador, mas também embasado a partir da preparação especial a qual o meia-atacante foi submetido desde que chegou.

– Carlos Eduardo é um grande jogador e não se discute as qualidades dele. Vem trabalhando com força todos os dias um pouco a mais do que os demais jogadores. Ele vai alcançar o auge e confio muito no jogador. Será fundamental para o crescimento da equipe – garantiu Dorival.

Clinicamente, Carlos Eduardo não apresenta problema algum referente às duas cirurgias no joelho direito – a segunda aconteceu no início do ano passado em função de dores que o jogador sofria no local – e depende exclusivamente da recuperação da forma e do ritmo de jogo.

Recuperação, entretanto, que pode ser prejudicada pelo fato de o Flamengo ter na sequência apenas os sete jogos pela Taça Rio e a estreia na Copa do Brasil, que acontecerá somente no início de abril.

A CRONOLOGIA DE CARLOS EDUARDO DESDE A LESÃO ATÉ A CHEGADA AO FLA

Em alta (segundo semestre de 2010)

Tido como uma das principais contratações do Rubin Kazan (RUS), Carlos Eduardo, que custou cerca de R$ 54 milhões, correspondeu às expectativas dos russos. Foram 30 partidas, das quais quatro aconteceram pela Seleção Brasileira. No total, ele esteve em campo durante 2.223 minutos, marcou quatro gols e deu seis assistências.

Novembro de 2010

No dia 11 fez o último jogo antes de sofrer a lesão patelar no joelho direito.

2011

Em função da recuperação, o jogador não participou de jogo algum pelo time russo.

2012: retorno parcial

A temporada de 2012 marcaria a volta de Carlos Eduardo ao Rubin Kazan. A expectativa, porém, foi frustrada em razão de o jogador ainda sentir dores no joelho direito. Um dos motivos que retardavam a reabilitação era o inverno rigoroso na Rússia. A solução, então, foi encaminhar o meia ao Grêmio, clube pelo qual havia sido revelado em 2010.

Janeiro de 2012: nova cirurgia

Depois de ser avaliado pelos médicos do clube gaúcho, o jogador comunicou ao Rubin que precisaria fazer uma nova cirurgia. Inicialmente, seriam quatro meses para voltar a jogar. O retorno, porém, foi gradual e o jogador conseguiu entrar em campo apenas cinco vezes, quando atuou, no total, por 299 minutos. Em outros sete jogos ficou só no banco.

Dezembro de 2012

Para tentar recuperar o bom futebol, Carlos Eduardo e o staff chegaram a conclusão de que seria importante voltar para o Brasil. Os primeiros contatos foram feitos e as conversas com Fluminense e Flamengo foram intensificadas no fim do ano.

2013 no Mengão

Depois de ser pretendido também por Santos e Inter, Carlos Eduardo fechou com o Flamengo. Para ser emprestado gratuitamente, o meia renovou o contrato com o Rubin e ficará no Rubro-Negro por 18 meses. Contratado para a usar a camisa 10 que foi de Ronaldinho, o jogador atuou apenas três durante a Taça Guanabara, mas não fez um jogo completo. Ficou em campo 107 minutos.