Polêmico, inconsequente e um dos maiores goleiros da última década no Brasil. Esse é Bruno Fernandes de Souza, agora, mais do que nunca, ex-jogador de futebol, campeão brasileiro pelo Flamengo, tricampeão estadual, com passagens por Corinthians e Atlético Mineiro. Após quase três anos, Bruno foi julgado e condenado a 22 anos e três meses pela morte de Eliza Samudio, mãe de um dos seus filhos.

Bruno sempre teve relação de amor e ódio por onde passou. Era aplaudido por ser um ótimo goleiro, exímio pegador de pênaltis e forte candidato a estar na lista de convocados para a Copa do Mundo. Odiado por ter xingado torcedores em algumas ocasiões, fazer gestos ofensivos para os mesmos e não aceitar críticas. Foi assim no Atlético Mineiro e no Flamengo. Não foi assim no Corinthians, clube que ficou por apenas alguns dias até ser dispensado pelo técnico Emerson Leão.

Como pessoa, Bruno não teve muito o que fazer e assistiu a justiça fazer o papel dela. Julgou e condenou. O goleiro, assim como diz ter feito no momento que foi avisado sobre a morte de Eliza, aceitou a decisão. Acatou. Não teve para onde correr. Seu destino será ficar horas, dias, meses, anos preso dentro de uma cela.

No âmbito profissional, Bruno viu tudo o que fez de bom, principalmente com a camisa do Flamengo, ir por água abaixo. Não para a torcida do clube carioca, que sempre irá idolatrar o goleiro, aquele herói que foi fundamental nas conqusitas já citadas. Mas para o futebol, Bruno morreu. Não como Eliza, que perdeu a vida, algo incomparável, mas ele perdeu as maiores chances de sua vida. Perdeu um contrato de R$ 200 mil com o clube carioca, jogou fora a oportunidade de vestir a camisa de um grande time europeu, a chance de jogar uma Copa do Mundo, perdeu, Bruno, você jogou tudo no lixo. Podia ter entrado na história. Entrou. Porém, fez isto da pior forma possível.

Enfim, se a pena aplicada nos tribunais foi justa ou não, prefiro não entrar no mérito, pois sai da esfera esportiva. Agora, para o esporte mais popular do Brasil, é uma pena. Muito menor a qual Bruno deverá pagar na cadeia, mas aquele grande goleiro encerrou a carreira como bandido.