2/12/2014 17:26
Conselheiro critica gestão do Flamengo em carta aberta aos sócios
Carta critica gestão Bandeira de Mello (Foto: Ricardo Ramos/LANCE!Press)
Em crítica a atual gestão rubro-negra, Emilio Habibe, conselheiro do Flamengo, publicou uma carta aberta aos sócios do Clube da Gávea. A intenção é dar alerta sobre a importância da próxima eleição do Conselho Deliberativo, no pleito que está previsto para o dia 8 deste mês.
No documento, Habibe fala em comprometimento da receita do clube, algo que chamou de "areia movediça financeira", e defende transaparência na administração. Confira abaixo a íntegra da carta.
"Carta aberta aos Sócios do Clube de Regatas do Flamengo
O princípio da boa fé e da transparência é o mínimo que se espera para que a relação entre gestores e associados mantenham elos de respeito e de convergência de princípios afastando o estado de intempestividade e de intolerância.
No próximo dia 8/12 haverá eleição no Conselho Deliberativo (CODE) para votarmos a complementação do quadro de Conselheiros através de duas chapas: Branca e Azul.
O CODE é um importante órgão decisório do Clube onde Conselheiros se reúnem para deliberar propostas que nortearão na vida do Flamengo e dos seus associados. É necessário, portanto, que seu quadro seja formado por pessoas independentes. O CODE não pode ser berçário de votos mandatários e nem de sigla de aluguel.
Qual a importância desta aparente simples eleição? É preciso deixar claro aos sócios eleitores que ela está vinculada a dois importantes assuntos: a situação financeira e o Estatuto do Clube.
Quanto ao primeiro, sabemos que o Flamengo passa por uma enorme crise financeira. Apesar dos mais de R$ 300 milhões do orçamento o Clube em 2014 e os mais de R$ 1 bilhão a receber nos exercícios de 2015 a 2018, o Clube não consegue aliviar o seu fluxo de caixa já tendo sido obrigado a tomar mais de R$ 60 milhões em empréstimos este ano dando como garantia os recebíveis até 2017. Em outras palavras, as finanças do Flamengo já estão comprometidas para 2015, 2016 e adentrou no ano 2017.
Este quadro permite presumir que a areia movediça financeira em que se encontra o Flamengo deixa claro que a direção executiva do Clube precisa fortalecer bancada no CODE para aprovar projetos de repasses aos sócios de dívidas existentes como forma de aliviar o fluxo financeiro do Clube - Consorcio Plaza, do Banco Central, do IPTU do Morro da Viúva, entre outras, que chegam a cerca de R$ 150 milhões. Não foram aleatórias as tentativas anteriores de impor aos sócios as recentes cobranças das taxa de contribuição sobre dependentes e os R$ milhões referentes a cotas extras de IPTU e CEDAE. Ambas, só foram reprovadas no plenário do CODE graças à presença de Conselheiros independentes.
A segunda questão trata da mudança do Estatuto cuja intenção da atual gestão é fazer os associados menos presentes nos processos de decisões do Clube dando mais autonomia à direção executiva do Clube. No início de 2013, a atual gestão tentou aprovar a mudança do Art. 50, do Regimento Interno do Clube, que dificultaria os associados em participar das decisões no Flamengo. Mais uma vez, foi reprovada no plenário do CODE graças à presença de Conselheiros independentes.
O Clube de Regatas do Flamengo pela dimensão que representa não pode ficar a mercê de conveniências passageiras e nem de casuísmos eleitorais, além do que é inadmissível permitir o uso do CODE como forma coerciva para tomar mais dinheiro de sócios.
Emilio Habibe, sócio proprietário e conselheiro nato".
1704 visitas - Fonte: Lancenet
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Muitos dos que criticam essas diretoria devem ser apoiados dos ladrões do passado