O torcedor do Flamengo acompanhou o melancólico empate com o Grêmio ontem, por 1 a 1, pela última rodada do Brasileiro, contando os dias para 2015 chegar. O time terminou a competição em decimo lugar em mais uma temporada marcada pela luta contra o rebaixamento nos últimos anos. O papel de figurante do clube dessa vez teve até slogan criado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, que tirou o time da “confusão”, mas fez um balanço crítico do desempenho e pediu briga por títulos.

— Estamos no lucro. Lucro ruim, porque não brigamos por nada — resumiu o treinador, querendo reforços. — Temos que montar um elenco forte, segundo ano seguido que passa dificuldades, que a gente possa ser cobrado pelo torcedor para disputar em alto nível — disse.

A diretoria inicia a dispensa dos jogadores do elenco que não fazem parte dos planos. E intensifica as negociações para contratação de reforços e renovações. A primeira contratação anunciada deve ser do diretor executivo Rodrigo Caetano. No entanto, o técnico Vanderlei Luxemburgo e outros dirigentes dão andamento às conversas já iniciadas.

Entre os desfechos esperados para essa semana estão as renovações de Leo Moura, Nixon e Anderson Pico, que jogou bem contra o Grêmio. Sobre reforços, há expectativa para que o lateral Pará e o volante Matheus Biteco venham do mesmo Grêmio como forma de pagamento de uma dívida pelo meia Rodrigo Mendes de anos atrás. O atacante Lucas Pratto, do Velez, pode ser o candidato a ídolo que Luxemburgo exige que o Flamengo tenha.

— Tem que ter jogadores prontos. Tem que constituir um ídolo. O ídolo não pode ser o técnico. Apesar da minha identificação. Tem que ter jogador. Formar um ídolo. Da base, desse elenco, de fora, tem que ter um jogador carro-chefe. Um elenco mais completo e com versatilidade — comentou o técnico.

A reapresentação dos jogadores está marcada para o dia três de janeiro, e há chance de a pré-temporada ter uma parte na Turquia, além dos amistosos em Manaus contra Vasco e São Paulo. O departamento de futebol conversa com o marketing para haver equilíbrio entre ganho técnico e financeiro.

Hoje, porém, a política é o assunto principal do clube. O Conselho Deliberativo elege o corpo transitório em votação na Gávea, com promessa de ânimos acirrados.