Vanderlei lamenta censura da Ferj: Complicado não ter direito de opinar

29/1/2015 17:54

Vanderlei lamenta censura da Ferj: Complicado não ter direito de opinar

O comandante rubro-negro mostra incômodo com 'mordaça', e declara que o futebol é o esporte 'mais ditatorial que existe'

Vanderlei lamenta censura da Ferj: Complicado não ter direito de opinar
Treinador falou sobre incômodo com a censura imposta pela Ferj (Foto: Paulo Sérgio/LANCE!Press)

Experiente no meio do futebol, com 48 anos de carreira no ofício, Vanderlei Luxemburgo soltou o verbo na entrevista coletiva desta quinta-feira, realizada no Ninho do Urubu. O comandante rubro-negro, que conta com passagens por Seleção Brasileira e Real Madrid, discorreu sobre a polêmica dos ingressos. Questionado sobre o assunto, Vanderlei foi evasivo no primeiro momento, temendo a 'multa' por declarar sua opinião.

- A gente não pode falar muita coisa. Já começa com multa. Vai pagar minha multa? Posso te responder legal? (Se referindo ao repórter que fez a pergunta) Se eu falar do Maracanã, eu falo do campeonato e recebo uma multa. É complicado para eu falar. Para envolver a competição (Campeonato Carioca), vou sofrer uma sanção. Deixar para outro momento. Está sem definição. Pode acontecer de jogar no Maracanã quarta. Essa situação está sem uma definição. Então é melhor deixar as coisas caminharem, e ver o que vai se resolver - analisou o técnico.

DESABAFO

Antes da coletiva, o treinador comandou uma atividade de movimentação em campo, orientando muito a equipe Rubro-Negra. A polêmica dos ingressos, envolvendo a Ferj, que luta contra Flamengo, Fluminense e Consórcio do Maracanã, pode, não só deixar o Rubro-Negro sem atuar no estádio durante o Carioca, mas também tem a chance de ficar sem jogar no local, pelo Brasileirão. Comentando sobre o fato, Vanderlei foi ainda mais firme em sua declaração, criticando a 'lei da mordaça' imposta pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).

- Sabe o que acontece? quando Você discute isso aí, que é uma discussão interna, é totalmente diferente. Acho que o interesse do futebol tem que estar acima de qualquer outra situação. Os interesses são diversos. Tem consórcio, TV, clube, federação. Depois chega ao futebol. Se eu falo alguma coisa , daqui a pouco acontece outra que é totalmente diferente. Depois teu pensamento vai ser discutido para nada. Complicado pra 'mais de metro'. De quem é o interesse? - explicou o comandante.

Concluindo o desabafo, o técnico citou até a presidente Dilma como exemplo, frisou que o Brasil é um país democrático, e mais uma vez mostrou indignação pela censura imposta.

- Existe uma constituição no Brasil, que permite você falar que o governo da Dilma é ruim, que é incompetente, e você não pode, de repente, insurgir contra uma situação, que eu acho totalmente natural e normal. Eu, um profissional do meu nível, não posso abordar o Campeonato Estadual com respeito. Ou até mesmo discutir e falar que eu acho que está equivocado, está errado. Sou um cara que vem dando a cara a tapa em todo momento. Não pode ser cerceado o direito de discutir - finalizou o técnico rubro-negro.

ORIGEM DA BRIGA

Em reunião, a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) decidiu que os preços do Campeonato Carioca seriam tabelados, variando entre R$10 e R$100 reais. Além disso, todos os torcedores que tiverem direito a meia entrada, poderiam se utilizar do benefício em todos os setores, ou seja, o mais caro (R$ 100) sairia por R$ 50.

As medidas tomadas pelo órgão não agradaram Flamengo, Fluminense e o Consórcio do Maracanã, responsável pela administração do estádio. As três partes alegaram um prejuízo financeiro com o tabelamento dos preços, prejudicando as receitas dos clubes e da empresa. Desde então, o Rubro-Negro, o Tricolor, e o consórcio se manifestaram contra a federação, causando um impasse, e impossibilitando que os jogos do Carioca pudessem ser realizados no estádio.

Além disso, o Fluminense exige um direito por contrato feito com o Consórcio, onde o lado direito do Maracanã, seria direcionado pelos próximos 34 anos à torcida do clube, de forma fixa. Porém, o Vasco ganhou o direito de escolher o lado em que gostaria de ficar, quando se sagrou o primeiro campeão do estádio. Agora, com o presidente Eurico Miranda de volta, o clube luta para que seu direito seja preservado, entrando em conflito com o Fluminense e o Consórcio do local.


1546 visitas - Fonte: Lancenet


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Infelizmente, por total burrice dos seus torcedores, cegos torcedores, esse verdadeiro câncer do futebol brasileiro e carioca, ressurgiu das cinzas. Depois, não reclamem, seus eternos vices!!!

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