Arthur Maia faz exercícios no Ninho do Urubu: início promissor do jogador agradou diretoria Foto: Gilvan de Souza/Flamengo/Divulgação

No início do ano, encontrar um meia era prioridade no Flamengo. O clube insistiu em Montillo, mas todas as tentativas fracassaram. Discreto, Arthur Maia trabalhou em silêncio e agradou torcida, técnico e até diretoria. Neste sábado, contra o Resende, às 19h30m, fará seu terceiro jogo oficial (o quinto no total, contando o torneio amistoso de Manaus) já com um feito: diante de suas boas atuações, o Rubro-negro não vê mais urgência na contratação de um reforço para a posição e esperará até o Brasileiro. O camisa 19 ganhou tempo para mostrar que pode ser o dez.

— Foi uma boa contratação. Ele foi um reforço como todos os que nós trouxemos: pontual. Acabou de chegar, não tinha pressão sobre si, ainda vai viver altos e baixos. Mas vamos dar tempo para ele. Quem sabe não arrebenta? — disse o vice de futebol do clube, Alexandre Wrobel.

Não que o Flamengo tenha desistido de reforçar o time, principalmente nesta posição. Mas todas as fichas haviam sido apostadas em Montillo. Sem o argentino e com o alagoano de 1,72m em destaque, a ideia é procurar com calma um novo nome.

— O Flamengo vai se reforçar para o Brasileiro com certeza. Mas hoje não temos nada em vista. A gente vai correr atrás. Estamos prospectando. A equipe está jogando ainda sem o Gabriel, que se destacou no ano passado; o Eduardo, que é um bom atacante, e o Paulinho. O time é bom. Mas ainda está faltando alguma coisinha — completou o dirigente.

Consciente de que precisa aproveitar ao máximo as oportunidades para convencer a diretoria e o técnico Vanderlei Luxemburgo de que pode ser o titular da temporada, Arthur tem mostrado serviço. Com lançamentos e boa visão de jogo, vem roubando as atenções e já é um dos jogadores mais caçados do torneio: sofreu sete faltas — está atrás apenas de Bill, do Botafogo.

Ele é ainda o maior finalizador do Estadual até o momento, com nove chutes a gol. Só que ainda precisa calibrar o pé, já que seis deles foram para fora — um aproveitamento de apenas 33,3%.

— Estamos em formação e vamos ter dificuldades. O Cirino não passou a ser melhor ou pior porque fez dois gols. Ele tem muito o que trabalhar. O Arthur também. Todos têm, para que a gente possa crescer. O time não está pronto, está em formação — disse Luxemburgo.