A tentativa de liberar a venda de cerveja nos estádios do Rio durante o Carioca pode custar o cargo do presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes. O cartola está sendo alvo de uma ação civil aberta pelo Ministério Público estadual na 1ª Vara Empresarial da capital e corre risco de ser afastado.

A ação foi aberta porque a Ferj recebeu um prazo de 24 horas - até às 13h34 de quinta-feira - para encaminhar ao MP a resposta à recomendação de que os jogos fossem disputados com portões fechados se a venda de cerveja fosse liberada, mas não o fez no horário. Diante da ausência de resposta, a promotora Luciana De Jorge Gouvêa resolveu acionar a Justiça no mesmo dia e enquadrar a Ferj e o dirigente.

Ela pediu ao juiz o afastamento cautelar de Rubinho, mas só conseguiu uma liminar para derrubar a resolução da Ferj que liberava a comercialização de cerveja.

À noite, às 19h45, a Ferj enviou, via assessoria, um comunicado à imprensa dizendo que tinha encaminhado a resposta ao MP e publicou no site oficial uma resolução de Rubens Lopes derrubando a liberação da cerveja.

No entanto, em entrevista ao LANCE!Net, a promotora Luciana nega que, até a manhã desta sexta-feira, tenha recebido qualquer comunicação da Ferj.

- Ajuizamos a ação porque não tivemos resposta. Não recebi nenhum comunicado da Ferj. Nem para avisar que iria liberar a cerveja nem a resposta à recomendação - afirmou.

Como a ação já está aberta, o cargo de Rubens Lopes ainda está sob risco e em breve o presidente da Ferj será chamado para se defender em juízo.

- As coisas na Vara Empresarial andam rápido. É possível que tenhamos um desfecho logo desse processo - completou a promotora.
O L!Net já acionou a assessoria de imprensa da Ferj e aguarda um posicionamento do presidente Rubens Lopes.