No Flamengo há menos de um ano, Dorival Júnior acabou tendo seu vínculo rescindido em um período turbulento no clube da Gávea. Após ser eliminado nas semifinais da Taça Guanabara, a equipe Rubro-Negra teve cerca de 10 dias para se preparar rumo à estreia da Taça Rio e o resultado não foi nada positivo.

Derrotado pelo Resende por 3 a 2, de virada, a equipe carioca teve que conviver com a repercussão do resultado diante dos rivais e dos próprios torcedores, que não gostaram do que viram na partida da última quarta-feira, no Engenhão. Mesmo com o resultado, o diretor de futebol Paulo Pelaipe garantiu, em entrevista coletiva, que o projeto de trabalho de Dorival seria mantido, mas o vínculo não acabou suportando algumas outras questões.

“Dorival cedeu, mas a diretoria entendeu que ainda não era o suficiente. Infelizmente foi como no caso de Vagner Love. Tivemos que abrir mão porque os números eram fora da realidade atual da diretoria”, comentou Pelaipe.

Diante da dificuldade de entrar em um acordo comum sobre as cláusulas de reajuste salarial, o clube acabou optando pela rescisão do contrato de Dorival, fato que representa a reafirmação da nova diretoria rubro-negra em busca e um estável equilíbrio financeiro diante dos compromissos com pagamento de salários, impostos e outras pendências do clube.

Estatatísticas de trabalho

Com menos de um ano no comando da equipe rubro-negra, Dorival não conseguiu uma grande estabilidade no trabalho diante dos resultados conquistados pelo time. Sob o comando do ex-treinador, o Flamengo disputou 37 partidas e o resultado positivo foi conquistado em apenas 15 jogos, com 15 empates e 10 derrotas nos demais confrontos.

Com um aproveitamento geral de 51,3% em sua era no clube, Dorival teve na Taça Guanabara seu melhor momento no comando do Flamengo. Com uma campanha quase perfeita, o ex-comandante viu a equipe da Gávea vencer sete jogos e empatar apenas um duelo. Entretanto, a única derrota obtida no primeiro turno do Campeonato Carioca foi crucial e culminou na eliminação do time.