Eduardo da Silva conversa com Luxemburgo e diz que Leo Moura fará falta Foto: Gilvan de Souza

No primeiro dia sem Leo Moura, o Flamengo viu a ficha cair e se deparou com a falta de opções para cobrir a lacuna do lateral-direito, que vai jogar nos Estados Unidos. A primeira formação colocada em campo pelo técnico Vanderlei Luxemburgo teve Pará como titular da posição e o volante Luiz Antonio na reserva, improvisado.

— Com certeza ele vai fazer falta — lamentou o atacante Eduardo da Silva, que, após passe de Leo Moura, marcou um dos gols no jogo de despedida contra o Nacional do Uruguai. — Inesquecível. Ele ficou aqui dez anos e sabia de tudo que acontecia no clube. Vamos tentar manter esse ritmo que ele deixou no Flamengo, e convidá-lo para comemorar o título do Carioca. Vamos tentar conquistar para ele — disse o brasileiro naturalizado croata, que nasceu em Vila Kenedy.

Já o treinador discursou ainda no Maracanã sobre a lacuna deixada por Leo Moura e garantiu que não há razão para temor. Luxemburgo justificou que o empréstimo de Leo para o Internacional se deu de forma planejada.

— Como o Leo Moura tinha o contrato, emprestamos o Leo para o Inter, mas ficou definido que teria o Pará, Luis Antonio e o Frauches. O Anderson Pico também pode jogar na direita. Estamos cobertos. Foi pensado isso — disse Vanderlei.

A partida que marcou o adeus de Leo Moura rendeu ao Flamengo R$ 350 mil. O clube negociou a venda para uma empresa, que fixou os custos operacionais do Maracanã e pagou ao time uruguaio para a festa. A história do moicano agora é página virada no clube. Caberá a outros jogadores assumirem o papel de liderança mesmo sem o mesmo tempo de clube. O goleiro Paulo Victor e o atacante Alecsandro são os fiéis escudeiros de Luxemburgo e dividirão com o novo capitão, Wallace, a tarefa de conduzir o elenco.

Atendido pela diretoria nas contratações e dispensas de jogadores, o comandante tem carta branca para trabalhar suas ideias, mas ao mesmo tempo deve centralizar as cobranças na ausência de craques e atletas identificados com o Flamengo. Na frase que resume a nova era em Leo Moura, Luxemburgo deixou claro que tudo passa.

— A vida passa e nós não podemos continuar onde estamos para sempre. Nada mais justo que uma festa, mas a vida segue, o Flamengo segue — ensinou.