Até o início do segundo tempo da noite da última quarta-feira, diante do Brasil de Pelotas, o Flamengo estava sem vontade em campo. O time se garantia na vantagem do jogo de ida para ficar com a vaga na segunda fase da Copa do Brasil. Precisou Paulinho entrar para acordar os companheiros e conquistar a vitória. O xodó rubro-negro, que ficou seis meses fora por conta de uma lesão, mostrou mais uma vez que está recuperado e apto a assumir novamente a titularidade. Resgatando, assim, a glória pessoal de 2013.

Algumas explicações existem para este panorama: o técnico Vanderlei Luxemburgo colocou o time titular com três volantes e três atacantes. Sem meia. Aí é praticamente impossível que jogadas de perigo sejam criadas, dependendo de lampejos individuais dos jogadores, como Marcelo Cirino que teve uma chance na etapa inicial. As bolas não chegavam até Alecsandro, isolado na grande área, simplesmente porque não teve meia para criar!

Vanderlei Luxemburgo, pelo menos, sabe fazer as substituições para acertar os erros que inicialmente comete ao escolher o time titular. Além de Paulinho, Eduardo da Silva, outro jogador que entrou ao longo da partida, também ajudou a dar uma nova cara ao time em campo, conseguindo no último lance fechar a vitória com o seu gol. Não é exagero dizer que se o adversário fosse um pouco melhor e o técnico não mexesse, a zebra fatalmente passaria pelo Maracanã.

Enquanto aguarda o adversário na segunda fase da Copa do Brasil, o Campeonato Carioca volta a ter toda a atenção do Flamengo. No domingo tem o clássico com o Vasco. Se repetir o ânimo do primeiro tempo da partida da última quarta-feira, o Rubro-Negro não sairá de campo com um bom resultado. Serve de lição para Luxemburgo. Mesmo com essas escolhas sem sentido às vezes, ainda tem crédito com a torcida.