O jogo da rivalidade ganhou uma cartilha especial no Flamengo. Os idealizadores das regras são o técnico Vanderlei Luxemburgo e o diretor executivo Rodrigo Caetano. A sintonia da dupla em semana de clássico contra o Vasco chamou a atenção no treinamento de ontem no Ninho do Urubu. Ao lado do gerente Gabriel Skinner, eles não se desgrudavam e orientavam assessores a não deixar nem jogadores nem membros da comissão técnica explicarem os motivos para a boa fase da equipe rubro-negra na temporada, especialmente o veloz ataque.

Tudo para não aguçar os ânimos do rival. Coube ao volante Márcio Araújo, algoz do Vasco no Estadual de 2014, fazer os comentários no primeiro dia permitido a se falar no assunto “clássico”. Até quarta-feira, só o jogo diante do Brasil de Pelotas era tema liberado, segundo a cartilha de dirigente e treinador.

Diferentemente dos jogadores, Rodrigo Caetano e Vanderlei Luxemburgo se colocam á disposição para entrevistas e, com toda a experiência no futebol, driblam com classe, ou nem sempre, perguntas que podem gerar polêmicas respostas. Ambos têm personalidades semelhantes e fazem com que tudo saia como programado por eles no futebol do Flamengo.

Márcio Araújo que o diga. Questionado sobre os três volantes, ele, Jonas e Canteros, o camisa oito respondeu como o técnico na noite anterior.

- Não são três volantes que vão ficar parados marcando.Temos liberdade para sair. A gente acaba criando mais espaço - defendeu.

A arbitragem para o clássico fez Marcio Araújo sair um pouco da cartilha e dar uma leve provocada no Vasco. Ao lembrar do gol irregular que fez ano passado, comentou:

- Tem que parar de achar que existe alguma coisa contra algum clube, assim teria que parar de jogar. Erros acontecem na arbitragem e por parte de todos os envolvidos no jogo - minimizou.