A união fora das quatro linhas entre Flamengo e Fluminense será interrompida momentaneamente apenas dentro de campo, no domingo. Depois de uma guerra contra a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) ao longo dos dois últimos meses, os clubes se encontram no clássico da penúltima rodada sem muitos motivos para comemorar em relação à disputa contra a Ferj de Rubens Lopes.

As últimas medidas tomadas pela instituição – revelação de dívida do Tricolor com a Ferj e suspensão a Vanderlei Luxemburgo – evidenciam o racha entre as partes e uma possível conciliação, mesmo às vésperas do início da fase final do Carioca, é descartada.

Depois de divergências no passado recente por causa de disputas por dois jogadores – Thiago Neves e Wellington Silva – Flamengo e Fluminense se uniram nos bastidores. E as articulações entre os presidentes não tiveram início em 2015.

– Flamengo e Fluminense já estavam alinhados desde o ano passado, quando, por ocasião da assembleia que definiu a reeleição da atual diretoria da Federação, foi elaborado um documento que a imprensa divulgou em que Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama também definiram temas importantes para serem tratados no processo de reformulação do futebol e que até hoje nada foi endereçado – frisou Eduardo Bandeira de Mello, mandatário rubro-negro, em entrevista ao LANCE!.

Ciente de que está isolada no embate contra a Federação, a dupla Fla-Flu, por sua vez, ressalta que as divergências foram criadas justamente para que aconteçam melhorias efetivas no futebol do estado.
– A relação entre Flamengo e Fluminense é boa, de respeito, e que busca tornar o futebol carioca mais forte não apenas para Flamengo e Fluminense, mas para todos os envolvidos – explicou, ao LANCE!, o presidente tricolor, Peter Siemsen.