Hernane na coletiva de despedida do Flamengo (Foto: Márcio Mercante/Agência Estado)

O prejuízo do Flamengo pela venda de Hernane vai além do calote dado pelo Al Nassr na compra dos direitos federativos do jogador. Enquanto aguarda uma decisão definitiva da Fifa a respeito da ação contra os árabes - o que deve acontecer em cinco meses -, o Rubro-Negro negociou nesta semana para quitar dívidas que tinha com o Brocador, referentes a atraso de salários e rescisão contratual. O montante ultrapassava a casa de R$ 1 milhão, mas um acordo definiu a redução para cerca de R$ 700 mil que terão de ser pagos à vista.

De volta ao Brasil por também não ter recebido do clube da Arábia Saudita, Hernane tem negociação avançada com o Sport e procurou o Flamengo, através de seus advogados, em busca de informações sobre o débito.
As conversas a todo instante se deram de maneira amigável, mas com a presença de advogados, e o Rubro-Negro revelou a existência de um fundo de caixa para solução de questões trabalhistas, o que facilitou o acordo. A expectativa é de que o Brocador deixe de ser credor já no início da próxima semana.

O empresário do jogador, Paulo Pitombeira, celebrou a definição rápida:

- Tudo aconteceu de maneira muito tranquila e amigável. Foi feito de comum acordo.

A facilidade que teve para quitar a dívida com Hernane, o Flamengo não tem encontrado no diálogo com o Al Nassr. Mesmo após ganhar a causa na Fifa, os cariocas terão que esperar mais um bom tempo para receberem os R$ 10 milhões que têm direito por 50% do Brocador. O clube saudita entrou com recurso e levou o caso à Côrte Arbitral do Esporte (CAS, sigla em inglês) e a expectativa é de que o resultado definitivo saia em até cinco meses. Os rubro-negros seguem tratando o caso com otimismo.