Wallace disputa a bola contra o São Paulo no domingo passado (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo Oficial)


Wallace chegou ao Flamengo no início de 2013 e desde então já viveu os dois lados da emoção. Em seu primeiro ano de clube, foi campeão da Copa do Brasil. No segundo, foi campeão carioca, mas precisou de muita força para deixar a zona de rebaixamento do Brasileirão. Em 2015, a pressão começou cedo, com a eliminação no Estadual para o Vasco. E o capitão tem consciência da realidade que é representar o
clube de maior torcida do país.

- Estamos pressionados desde a Super Series (torneio amistoso em Manaus), não tem descanso. Envelheci 10 anos em dois. Praticamente não há vida social. Se você sai na rua, é cobrado. Perdemos no Morumbi e já fomos pressionados. Isso mostra o que é jogar no Flamengo. Quem já passou por esse tipo de pressão acaba lidando melhor. Quem não passou, não tem tempo para ficar lamentando.

A estreia no Campeonato Brasileiro também não foi satisfatória, afinal, o Flamengo perdeu por 2 a 1 para o time misto do São Paulo no Morumbi. O suficiente para que as críticas aumentassem.

- Nada de anormal no Flamengo. Quando se ganha, é euforia. Quando se perde, é uma incredulidade absurda. Os jogadores estão tranquilos. Devido à massa, teremos esse tipo de cobrança. É assim mesmo. Não podemos fazer uma partida com o segundo tempo que fizemos contra o São Paulo. Ficamos felizes pelo primeiro tempo, com maior posse de bola, envolvendo o São Paulo. Tudo que eles queriam era a bola e assim fizeram os gols.

Para Wallace, a entrada de Ganso durante o jogo inibiu o Flamengo, que deixou de fazer o seu melhor em campo. O zagueiro eximiu o treinador Vanderlei Luxemburgo de culpa pela derrota e lembrou do Carioca, que segundo ele "estava na mão" do Rubro-Negro.

- O time pode dar mais. Deixamos de ganhar um Carioca que estava na mão e éramos a melhor equipe. Fato. Futebol é resultado. Quando se joga em um clube de massa, como o Flamengo, as coisas negativas repercutem de uma forma maior. É preciso saber disso. Nosso time é muito crítico, sabe da consciência que tem, é melhor do que o ano passado, mas não colocou isso em prática ainda. Não é responsabilidade do Vanderlei, é nossa.

Um dos poucos destaques positivos contra o São Paulo foi Paulo Victor, que fez defesas importantes, como de costume. Wallace colocou o goleiro como selecionável.

- Paulo Victor é um baita goleiro. Mesmo como reserva, na minha opinião, estava entre os cinco melhores do país. Hoje, na minha opinião, ele e o (Marcelo) Grohe disputam entre os que devem ser convocados. Nos dá muita segurança.

Em busca da primeira vitória no Brasileirão, o Flamengo volta a campo contra o Sport, neste domingo, às 16h (de Brasília), no Maracanã, em duelo válido pela segunda rodada do torneio.