Apesar do mando de campo a seu favor, o Atlético-MG não precisou jogar no Independência para impor o mesmo ritmo intenso que costuma utilizar para vencer seus adversários. No Mané Garrincha, em Brasília, o time de Levir Culpi sobrou diante do Fluminense e venceu por 4 a 1, com direito ao velho repertório de jogadas. Nas tradicionais jogadas aéreas, o zagueiro Jemerson abriu 2 a 0 no placar, em duas belas cabeçadas. Como se não bastasse, não deu brecha para o ataque tricolor, que só marcou seu gol de pênalti, no fim. Não à toa, o jovem defensor foi eleito o melhor da 2ª rodada pelo Troféu Armando Nogueira, com nota 8,5. Em jogadas rápidas de contra-ataque, o Galo marcou seus outros dois gols, com boas participações de Patric e Dátolo, que também compõem a seleção desta jornada.

Outro que brilhou foi Renato Cajá, que está pela segunda vez consecutiva entre os 11 melhores de uma rodada. O meia da Ponte Preta marcou belo gol - já havia feito uma pintura diante do Grêmio, na abertura do Brasileirão - e garantiu a vitória da Ponte Preta diante do São Paulo, por 1 a 0, no Moisés Lucarelli. Levou nota 8 merecida.
Bruno Henrique, do Goiás, surpreendeu muita gente que apostava em sua dupla, Erik, mais conhecido após se tornar revelação da temporada 2014, contra o Atlético-PR. O atacante fez dois gols e foi destaque na vitória por 2 a 0, no Serra Dourada. Ganhou, assim, uma vaguinha no ataque da seleção do Armandão.

Goleiro
O camisa 1 da rodada é do Coritiba, depois de uma grande exibição contra o Grêmio. Bruno fez três defesas difíceis, duas delas de muita agilidade e reflexo, em tentativas de Yuri Mamute. Assim, garantiu o placar de 2 a 0 do Coxa sobre o Grêmio e levou nota 8. Outro goleiro muito martelado na rodada foi Rogério Ceni. Ele não conseguiu segurar o ímpeto pontepretano no chute de longe de Renato Cajá, mas evitou um vexame do São Paulo em Campinas. Se 1 a 0 foi pouco, 8 é um conceito justo para Ceni. Menções honrosas a Alex, do Figueirense, e Muriel, do Inter, que operaram alguns milagres no último domingo e levaram 7,5.

Lateral-direito
Houve empate técnico entre quatro jogadores na posição: Patric (Atlético-MG), Pará (Flamengo), Norberto (Coritiba) e Victor Ferraz (Santos). Patric acabou levando a melhor por ter sido mais participativo ofensivamente, dando, inclusive, assistência para um dos gols que consagraram Jemerson. Todos acabaram levando nota 7,0.

Zagueiros
Já falamos de Jemerson anteriormente, mas a atuação de encher os olhos merece mais destaque. Não bastassem os dois gols, algo incomum para um defensor - e inédito na carreira do jogador - Jemerson ainda foi firme no combate e não deu chance de reação ao Fluminense. Os demais concorrentes da posição não chegaram aos 8,5 do atleticano, mas ao menos não foram vazados na rodada. Paulão fez partida muito segura pelo Inter, no 1 a 0 diante do Avaí, e Renato Chaves, da Macaca, se impôs frente ao ataque do São Paulo. Nota 7,5 para eles.

Lateral-esquerdo
Para quem foi vaiado na entrada em campo, após ser expulso na eliminação do Corinthians da Libertadores, Fábio Santos respondeu muito bem. Consistente na defesa, ele subiu ao ataque para dar a vitória ao Timão sobre a Chapecoense, por 1 a 0. Um gol em chute desviado na zaga não tira o mérito da nota 7 de Fábio Santos. Ivan foi bem pelo Coritiba, assim como Alan Ruschel, pelo Internacional.

Volantes
O melhor do setor na rodada não é exatamente um especialista na função. Meia de origem, Dátolo é deslocado por Levir Culpi para atuar como volante em determinados jogos, como o deste domingo, contra o Fluminense. E funcionou. O argentino teve liberdade para chegar na área e balançar a rede, e fez grande partida, arrancando um 7,5. Sem o mesmo brilho de Dátolo, Henrique foi um dos dois melhores nomes do Cruzeiro no duelo com o Santos. Raçudo como sempre, levou um 7 e beliscou seu lugar na seleção. Rafael Carioca, parceiro de Dátolo no Galo, esteve no mesmo nível de Henrique.

Meias
Renato Cajá merece todo o crédito, pois é reincidente na seleção com apenas duas rodadas jogadas. Não só pelos golaços. O meia é o cérebro do meio-campo da Ponte Preta, e faz o time rodar. Algo parecido fez Ruy, do Coritiba, diante do Grêmio. O canhoto mostrou habilidade e tomou para si a responsabilidade de criação do time. Por tudo isso, 8 para os dois. Seria injusto não citar o caminhão de gente que levou 7,5: Luan, o motorzinho do Galo, Felipe Menezes, o garçom do Goiás, e a dupla Diego Souza e Élber, melhores do Sport diante do Flamengo.

Atacantes
Bruno Henrique foi o atacante mais produtivo da rodada, tendo sido o único a marcar dois gols e deixando Walter e Erik, atacantes mais badalados de Goiás x Atlético-PR, em segundo plano. Até por isso, está à frente dos demais. Mas o que dizer do golaço de Geuvânio, que garantiu a vitória santista diante do bicampeão Cruzeiro, por 1 a 0? Ou da entrada decisiva de Vitinho, marcando em chute forte e garantindo o triunfo sobre o Avaí pelo placar mínimo? Os dois merecem 7,5. Geuvânio, no entanto, decidiu contra um adversário de mais peso e arrematou lugar na seleção.