Até os 25 minutos do segundo tempo, o Flamengo não jogou nada. Nada mesmo. Os jogadores estavam dormindo em campo. Precisou a torcida explodir para conseguirem o empate, completamente na raça e diante de circunstâncias inusitadas: com quase 15 minutos de acréscimo e um jogador de linha no gol adversário.
O Flamengo ainda precisa de muito mais para, enfim, não lutar contra a “confusão” do Campeonato Brasileiro. Neste início de competição, o time comandado por Vanderlei Luxemburgo apresenta os mesmos erros do ano passado e do Carioca. Assim não vai longe. E a torcida do Flamengo não merece, mais uma vez, passar a temporada sofrendo.
As jogadas do Rubro-Negro estão quase que todas manjadas, não surpreendendo mais o adversário. Não há criação no meio de campo. Muito se é dito sobre a necessidade de contratar um nome de peso para assumir a armação de jogadas da equipe. É um dos pontos cruciais para o Fla achar uma luz no fim do túnel no Brasileiro. Mas não é somente isso.
Um padrão tático precisa ser colocado em prática urgentemente na equipe. Vanderlei Luxemburgo teve “reforços” ontem no banco de reservas, com Samir, Armero e Paulinho. Apenas o atacante entrou durante o jogo e deu uma cara melhor ao time. Repito, porém, que não será suficiente. Tem que reforçar o plantel em todas as posições. É hora de deixar um pouco de lado a tão falada austeridade financeira da gestão de Eduardo Bandeira de Mello.
A torcida também está ciente disto. Mesmo com o empate na raça, o torcedor cobrou contratações. Gritos de “queremos jogador” e “queremos raça” foram ouvidos. Este ano é de eleição presidencial, e, se for o terceiro ano sem glórias no Brasileiro, muita coisa vai mudar. Tem que cair logo na realidade, Flamengo. Antes que seja tarde demais.
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