Não é só o Botafogo que lamenta o fechamento do Engenhão. A interdição do estádio deverá causar grandes prejuízos ao Fluminense. Além das receitas do clube com bilheteria, outro ponto que pode ser afetado é o processo de negociação com as empresas interessadas na licitação do Maracanã.

O Fluminense estava em estágio avançado nas tratativas com uma das candidatas à concessionária do novo estádio. Realidade bem distinta de pouco mais de duas semanas atrás, quando um acerto parecia pouco provável. Porém, a mudança no cenário devido à interdição do Engenhão pode alterar a proposta (já acordada). O clube chegou inclusive a enviar um e-mail para a Prefeitura do Rio, questionando sobre a situação, mas não obteve resposta.

Dentro das Laranjeiras a opinião é de que o Flu foi o grande prejudicado na história, já que perdeu poder de barganha nas negociações pelo Maracanã. Sem o João Havelange como opção, a pressão é maior para o acerto com uma das interessadas no Maior do Mundo, caso o clube queira mandar os jogos em estádios com capacidade e localização compatíveis ao interesse da torcida.

Além disso, há uma ala no Botafogo que defende a devolução do Engenhão, o que aumentaria a concorrência. É pouco provável que a futura concessionária não sele um acordo com o Flamengo, enquanto que o Vasco pode contar com a opção de São Januário.

– Falta bom senso nessa questão de estádio no Rio de Janeiro. É ruim para cidade, para o estádio e afeta o desenvolvimento dos clubes – afirmou o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, ao L!Net.

A partir do dia 11, a empresa vencedora da licitação do Maracanã terá um prazo de 90 dias para fechar acordo com dois grandes clubes do Rio. Muitas das concorrentes estão insatisfeitas com o edital que, além dessa obrigação, cobra a construção de um centro de treinamento de natação e um de atletismo. O estádio passou a ser prioridade para o Fluminense, após a solução da questão CT.