Se Jorginho viu um ponto positivo na eliminação do Flamengo na Taça Rio – já que o mesmo terá mais tempo para poder treinar a equipe e conhecer melhor o elenco –, o diretor executivo de futebol rubro-negro, por outro lado, não compartilha da mesma opinião. O adeus precoce ao Campeonato Carioca não faz Paulo Pelaipe enxergar, mesmo que tecnicamente, algo de bom para o clube.

– A campanha é ruim e não vejo qualquer ponto positivo nessa eliminação. Nós não esperávamos uma queda precoce, mas infelizmente isso ocorreu. No futebol, nós temos de ganhar. Não tem essa, ainda mais aqui no Flamengo, que tem uma torcida acostumada a títulos e vitórias – destacou o dirigente do Fla, que aproveitou para dizer que o clube, mesmo com as limitações financeiras, não alcançou os objetivos traçados no início do ano:

– O futebol é feito de momento. Às vezes as coisas andam como o planejado, mas em algumas ocasiões, não. A gente não produziu o que poderia e todos sabem disso.

Depois de uma ótima campanha na fase de classificação da Taça Guanabara, o time não conseguiu repetir o feito no segundo turno. Embora esse fato esteja ligado diretamente à troca de treinador – já que Jorginho assumiu na segunda rodada da Taça Rio –, Pelaipe disse que a diretoria sabia dos riscos que corria ao trocar o comando técnico da equipe.

– Nós sabíamos de todo o risco que estávamos correndo. Quando se troca o treinador no meio de uma competição, é certo que os jogadores levarão um tempo para assimilar a mudança na filosofia de trabalho de um profissional para o outro – relatou o diretor, que fez questão de enfatizar que a troca de técnico foi realizada por questões financeiras.

– Só rescindimos com o Dorival porque não tínhamos condições financeiras de mantê-lo. O Jorginho, sim, encaixa-se no nosso perfil.

SAÍDA DO BRASIL EM PAUTA
Se as seleções campeãs continentais chegarão ao Brasil para a disputa da Copa das Confederações, o Flamengo pode estar de saída. O clube estuda propostas para realizar uma temporada de treinos e amistosos fora do país, enquanto o calendário do futebol brasileiro estará paralisado.

- O Flamengo recebeu alguns convites para deixar o Brasil durante a Copa das Confederações. Temos propostas da Alemanha e dos Estados Unidos - comentou Paulo Pelaipe.

Segundo o dirigente rubro-negro, quem está cuidando dessa possível saída do país é Wallim Vasconcellos. Mas, mesmo estando a cargo do vice-presidente de futebol, Pelaipe crê que há uma boa possibilidade de o clube aceitar os convites.

- Ainda estamos analisando e negociando essa situação. Para falar a verdade, quem está cuidando disso é o Wallim (Vasconcellos), mas acho que temos grandes chances de ficar um período fora do Brasil.

A Copa das Confederações terá início no dia 15 de junho e terá duração até o dia 30 do mesmo mês. Por conta disso, o Campeonato Brasileiro O Campeonato Brasileiro irá parar do dia 9 de junho até o dia 7de julho.

DIRETOR NÃO VÊ PREJUÍZO FINANCEIRO

Em meio à uma restruturação financeira pela qual o Flamengo passa, a eliminação no Campeonato estadual poderia causar uma preocupação à diretoria rubro-negra. Não poder contar com as receitas dos jogos decisivos, além alguns possíveis patrocínios para a fase final da competição, em tese, faria com que os dirigentes pensassem no prejuízo financeiro que o clube teria.

Mas, de acordo com Paulo Pelaipe, o clube arrecadará mais com a queda no Carioca do que poderia ganhar se continuasse até as fases finais.

- Não perdemos em questão financeira por conta dessa eliminação. Até porque nós temos ótimas propostas para realizar amistosos e treinar durante esse período que ficaremos sem jogar. As cotas são ótimas financeiramente.

Segundo o diretor executivo, o Flamengo tem propostas para sair do Rio de Janeiro.

- Temos alguns convites para fora do estado, mas prefiro não citar de onde são. Como não fechamos nada ainda, prefiro esperar um pouco para falar - finalizou.