A noite de quarta-feira marcou o fim da temporada, do ponto de vista da ambição de colocar uma faixa de campeão no peito, para o Flamengo e o Cruzeiro. Ao empatar com o Vasco, o Flamengo viu ruir o sonho de brigar por uma vaga na Libertadores e agora se voltará única e exclusivamente para um Campeonato Brasileiro no qual, entre um tombo aqui e outro acolá, terminará naquele pelotão que deixa o torcedor rubro-negro envergonhado e querendo trocar de assunto quando o tema futebol vem à mesa ou preferindo falar da maravilhosa época de Zico e companhia.

O mesmo se aplica ao Cruzeiro. Dirigido por um dos mais vitoriosos técnicos em atividade no futebol brasileiro, o atual campeão brasileiro se transformou em letra de garrancho do que foi nos dois últimos anos. Une os dois clubes a troca de técnico em pleno Campeonato Brasileiro. O Vanderlei dava expediente no Ninho de Urubu e foi para a Toca da Raposa. No mesmo Campeonato, o Flamengo chamou o Cristóvão, encaminhou o Cristóvão para o Recursos Humanos e tenta esticar a corda com o Oswaldo de Oliveira. Certamente, o OO terá uma sobrevida até o final do ano. Em dezembro, o Flamengo vota para a eleição à presidência e dar “bilhete azul” a essa altura do campeonato seria chute no pé. Especialmente pelo fato de que o Bandeira de Mello tentará a reeleição.

Enquanto a temporada acabou para estes dois clubes, o São Paulo viu uma luz acender dentro do túnel. No CB, a situação é difícil e a briga pelo título ali está entre Corinthians, Atlético-MG (não por acaso ambos eliminados na Copa do Brasil) e o Grêmio. É situação parecida com a do Palmeiras, que aspira uma vaga na Libertadores e pode ter no caminho da Copa do Brasil a chance de obtê-la com mais rapidez. Nesta quinta, o Internacional e o Grêmio entram em campo. Em situações bem favoráveis para continuarem na competição. E para o Inter, a Copa do Brasil representa a única chance de o colorado gritar: “É campeão”.