Nesta quinta-feira, 11 de abril, o presidente Eduardo Bandeira de Mello completa exatos 100 dias à frente do Flamengo. Porém, o clima não deve ser de festa na Gávea.

Conforme revelou o site da revista Veja, a auditoria sobre a dívida do clube, encomendada pelos novos gestores rubro-negros, chegou ao fim e o resultado mostrou-se três vezes maior do que o esperado. Segundo os cálculos da empresa de consultoria Ernst & Young, o rombo nos cofres do Fla está na marca dos R$ 750 milhões. A diretoria convocou uma coletiva para esta quinta-feira para anunciar os valores à torcida.

Do montante, mais da metade se refere à dívidas com o Fisco. São R$ 394 milhões de impostos não pagos, sendo que 22% desse total, ou R$ 86,7 milhões, são referentes apenas à gestão da ex-presidente Patrícia Amorim.

Além do débito com o governo, o clube também possui um passivo de R$ 184 milhões com relação a dívidas trabalhistas e pagamentos judiciais, casos dos processos movidos por jogadores como Romário, Ronaldinho Gaúcho e Gamarra. Outros R$ 172 milhões constituem um fundo para cobrir dívidas com condenações futuras.

CNDs podem perder validade

Com a revelação dos números rubro-negros, uma outra questão se coloca. Após alardear com festa a obtenção das certidões negativas de débito há cerca de uma semana, a diretoria do Flamengo agora terá o trabalho de seguir com a posse dos documentos.

Para tanto, o clube precisa continuar pagando todas as dívidas com os órgãos públicos já que todas as CNDs possuem prazos de validade e vencem tão logo os repasses parem de acontecer.

Com as certidões, o Flamengo planeja conseguir o tão falado patrocínio da Caixa Econômica Federal, que deve rondar a casa dos R$ 35 milhões ao ano.

Com a meta de acertar anúncios em sua camisa na casa dos 80 milhões de reais, a diretoria sonha em tornar o clube vencedor dentro e fora de campo. Para isso, uma montanha de R$ 750 milhões precisará ser escalada.