12/4/2013 09:00
Unidos, Eike e construtora do Maracanã viram favoritos para assumir estádio
Duas empresas estrategicamente unidas entram como favoritas na disputa pelo controle do Maracanã. A Odebrecht, construtora que desde 2010 trabalha na reforma do estádio, e a IMX, empresa do bilionário Eike Batista e que planejou toda a privatização do complexo esportivo, apresentaram juntas uma proposta para assumir a administração do espaço. Agora, concorrem com outro grupo de empresas para saber quem ficará com o direito de operar o estádio carioca.
A Odebrecht e a IMX fazem parte do Consórcio Maracanã SA. As duas companhias nacionais estão associadas à empresa norte-americana AEG, especializada em gestão de grandes arenas esportivas ao redor do mundo. Hoje, a AEG já é a responsável pela operação de mais de 100 estádios ou ginásios em 14 países. No Consórcio Maracanã SA, ela tem participação de 5%.
A Odebrecht é a líder do consórcio. A empresa, uma das maiores construtoras do país, tem 90% de participação no grupo formado para a disputa da privatização do Maracanã.
A Odebrecht já está envolvida com a construção ou reforma de quatro estádios do Mundial de 2014, inclusive o próprio Maracanã. Em dois deles, a Fonte Nova (em Salvador) e a Arena Pernambuco (em Recife), a Odebrecht também será administradora dos espaços. No caso da concessão do Maracanã, a administração também seria dividida com a IMX.
A IMX, de Eike Batista, tem 5% de participação no consórcio. A empresa é especializada na organização de eventos esportivos e de entretenimento. Ela foi contratada pelo governo do Rio de Janeiro para fazer o projeto da privatização do Maracanã no ano passado. Essas informações serviram para a montagem da licitação do complexo.
Por causa disso, o MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) e o MPF (Ministério Público Federal) chegaram a tentar impedir na Justiça a participação da IMX na licitação. O pedido não foi aceito. A IMX segue na disputa.
IMX, Odebrecht e AEG são concorrentes de outras três empresas na licitação pelo Maracanã. OAS, a Stadion Amsterdam e Lagardere Unlimited formam o Consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio de Janeiro, segundo licitante no processo de privatização do estádio.
A OAS é líder desse segundo consórcio. A empresa também participou da obra de dois estádios da Copa do Mundo. Já tem uma subsidiária especializada em gestão de arenas. Divide, inclusive, a administração da Fonte Nova com a Odebrecht, sua rival na disputa pelo Maracanã.
Para a licitação do estádio carioca, a construtora está associada a duas empresas estrangeiras. A Stadion Amsterdam é holandesa e já administra o estádio do Ajax. Já a Largarde é uma empresa de marketing esportivo da França. Assim como a IMX, a Lagarde organiza eventos e também gerencia estádios.
1575 visitas - Fonte: Uol
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