O Flamengo passou o ano de 2015 inteiro atrás de um autêntico meia que fizesse a equipe girar, que se aproximasse dos homens de frente para municiá-los e infiltrasse eventualmente para finalizar. Ou seja, em outras palavras, o Rubro-Negro esteve a temporada toda atrás de um autêntico camisa 10.

A descrição acima poderia muito bem se encaixar ao ídolo Zico (maior camisa 10 da história rubro-negra), mas ao que tudo indica tem sido uma constante nas atuações de outro atleta, guardadas as devidas proporções. Mesmo com a chegada de Ederson (que está lesionado), quem tem assumido a função com maestria é Alan Patrick. O jogador, que chegou no meio do ano por empréstimo, tem feito belos gols e alimentado o ataque como ninguém. Pode-se dizer que o atleta revelado no Santos se encontrou na Gávea.

O técnico Oswaldo de Oliveira, que indicou o jogador quando ainda dirigia o Palmeiras, analisou o ótimo momento de seu pupilo, a quem o desfalque contribuiu demais na eliminação para o Vasco na Copa do Brasil (Alan já havia atuado pelo Porco na competição):

"Alan Patrick iniciou a temporada comigo no Palmeiras. Sua qualidade é indiscutível. No começo do ano sofreu duas contusões consecutivas, uma delas mais grave, o que quebrou um pouco o ritmo. Agora ele está mais forte e aguentando bem a carga de trabalho. Ainda vai evoluir", avaliou.

O aproveitamento nas finalizações do meia também chamam a atenção. De acordo com o Footstats, Alan Patrick teve nove finalizações certas para marcar os quatro gols. Foram 399 passes certos, média de 33,2 por partida. Até o momento, o jogador disputou 12 jogos com a camisa do Flamengo. Anotou quatro gols, artilheiro do time na competição ao lado de Everton, que jogou 21 vezes.