A vitória por 3 a 1 sobre o Fluminense foi apenas a segunda do Flamengo na Taça Rio e não disfarça o mal-estar da precoce eliminação rubro-negra no Campeonato Estadual. No entanto, pelo menos para um jogador o clássico marcou a volta por cima. Depois de um 2012 recheado de contusões e até uma operação cardíaca, Renato Abreu tenta reconquistar o coração da torcida e do técnico Jorginho.

Na semana do clássico, o jogador que completará 35 anos em junho foi recarregar suas baterias em uma visita ao Hospital de Cardiologia de Laranjeiras. O jogador defendeu os atletas veteranos:

“Não adianta achar que os mais velhos estão cansados e que só os novos darão sangue. É uma mescla que sempre dá certo. No clássico foi um bom momento, consegui fazer os gols, mas os mais novos sempre vão ajudando de alguma forma. O Rafinha sofreu o pênalti, o Gabriel foi muito bem. Houve uma mescla de ajuda em campo”.

Com os dois gols, o camisa 11 tornou-se o 39 maior artilheiro da história do clube com 70 gols ultrapassando Renato Gaúcho e se igualando a Silva Batuta. No entanto, neste século, ninguém balançou a rede tanto quanto Renato. Foram 70 gols, bem na frente de atacantes como Obina (47), Vagner Love (47) e Edilson Capetinha (44).

O técnico Jorginho se rendeu ao jogador e deve manter não só ele, como todo o time para o jogo de amanhã contra o Remo, em Volta Redonda, pela Copa do Brasil.

“O Renato Abreu não tem a mesma força, a mesma velocidade do Rodolfo, mas é extremamente inteligente, líder, sabe cadenciar no momento certo. Ele também tem força, chegou, fez gols. É importante a gente ter um equilíbrio nessa questão da idade. O Flamengo recebeu uma avalanche de jogadores jovens”, elogiou o treinador.

O meia Gabriel, gripado, e o atacante Hernane, com dores musculares, se recuperam bem e não devem ser problemas para o jogo de quarta contra o Remo, pela Copa do Brasil. Um empate em Volta Redonda classifica o rubro-negro, que venceu o jogo de ida em Belém pelo placar de 1 a 0.