Que a derrota era o mais provável todos sabíamos porque os chilenos campeões da América, e donos da casa, eram os favoritos.

Que o primeiro tempo sem gols, embora com um tirambaço chileno na trave, deu esperanças pelo menos de um empate, também é verdade.

Mas daí a dizer que a Seleção Brasileira não decepcionou, como alguém disse ao levantar a bola para Dunga responder na entrevista coletiva, vai enorme diferença.

No segundo tempo havia um time querendo vencer e outro se dando ao luxo de perder as poucas oportunidades que criava sempre que a bola caía nos pés de Oscar, um meia inodoro, incolor e insípido.

E que deixou o melhor meio campista brasileiro no momento, Lucas Lima, no banco.

Pior: Elias, que no Corinthians é decisivo sob a orientação de Tite, sob Dunga, proibido de aparecer na área como elemento surpresa, fica tão pálido, mas tão pálido, que até fica branco, como Oscar.

A Seleção Brasileira perdeu por 2 a 0 da chilena, levou duas bolas na trave, perdeu pela primeira vez numa estreia em eliminatórias para a Copa do Mundo e uma invencibilidade de 15 anos e 14 jogos contra os chilenos.

Pior: não mostrou, ao contrário dos andinos, ser um time de futebol, ao depender apenas da individualidade de seus jogadores, que não são ruins, mas que não rendem de amarelo o que mostram em seus clubes.

Some-se a isso a ausência de Neymar e pronto: além de não surpreender que perca, ainda decepciona pela absoluta falta de criatividade e de comando, que parece ter prazer em proibir a inventividade, a capacidade de improvisar que sempre foi a marca registrada do jogador brasileiro.

Vamos mal. É grave a crise.