No dia 8 de março de 2012, uma quinta-feira, Ricardo Teixeira pediu licença na CBF por dois meses e alegou problemas de saúde.

Quatro dias depois renunciou ao cargo.

Estava enrascado até o pescoço com as Justiças do Brasil e da Suíça.

Renunciou também ao seu cargo na Fifa e no Comitê organizador da Copa do Mundo.

José Maria Marin, hoje preso em Nova Iorque, o substituiu.

Marco Polo Del Nero pediu licença na CBF ontem, outra quinta-feira, para se defender das acusações feitas pela Justiça americana e pelo Comitê de Ética da Fifa.

De seu posto no Comitê Excutivo da Fifa já havia renunciado na semana passada.

Depois de Ricardo Teixeira e José Maria Marin, Del Nero acaba de conquistar para o Brasil o tricampeonato das “Copas do Mundo da Fraude”, como dizem a Justiça americana e o FBI.

No lugar de Del Nero, pois Fernando Sarney se recusou a assumir o posto, provavelmente para não ficar exposto às investigações da imprensa, assumirá o inexpressivo deputado capixaba Marcus Vicente, que por mais de 20 anos presidiu a Federação de Futebol do Espírito Santo de maneira tão competente que o Estado não tem nenhum time nas séries A, B e C do Campeonato Brasileiro.

Mas ele faz parte da chamada Bancada da Bola o que, é claro, o credencia ao cargo de Del Nero.

Perguntado se manterá Dunga como técnico da Seleção Brasileira, Marcus Vicente foi claro como a noite: “Não é hora de falar disso”, disse.

Já Del Nero nada disse nem lhe foi perguntado.

Porque tomou doril e sumiu.

Ficará conhecido como o “Marco Polo que não viaja”, ou “Del Nero, o breve”, menos de oito meses à frente da CBF.

Comentário para o Jornal da CBN desta sexta-feira, 4 de dezembro de 2015.