Bandeira de Mello fala em evento da Primeira Liga (Foto: Raphael Zarko/GloboEsporte.com)

Preparado para perguntas sobre duas eliminações precoces em duas das três competições disputadas até agora no ano - a Copa do Brasil ainda está na segunda fase -, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, tentou aparentar tranquilidade no dia seguinte a mais uma eliminação para o Vasco. A derrota por 2 a 0, pela semifinal do Carioca, não diminuiu a estima do dirigente por Muricy Ramalho, a comissão técnica e o departamento de futebol. Pelo contrário. Bandeira classificou como excelente o trabalho de Muricy e disse que só vai contratar se o treinador pedir.

O presidente do Flamengo também comentou a entrada em campo fora do protocolo dos atletas rubro-negros, afirmando que sabia do gesto e dizendo, também, que é a favor da repetição da ação em outra partida. Confira abaixo rápido bate-papo com Bandeira. O presidente deu entrevista coletiva antes da premiação da Primeira Liga, realizada neste fim de tarde de segunda-feira, no Museu do Amanhã.

Na campanha de reeleição você sempre admitiu que o resultado no futebol não era o esperado. A campanha na Primeira Liga e no Carioca não foi a que vocês, imagino, e a torcida esperava. É momento de reflexão, o que se pode falar desses primeiros resultados do ano?
Você falou bem, são os primeiros resultados do ano. Início do trabalho. Reformulamos a comissão técnica. O trabalho começou em meados de janeiro, tem três meses e pouco que estão trabalhando. Quem está acompanhando o treinamento, o trabalho deles têm a certeza que estamos no caminho certo. Claro que gostaríamos de ter ganho a Primeira Liga, gostaríamos de ter ganho tudo, do Confiança na Copa do Brasil na primeira partida, mas não conseguimos. Não fomos bem contra o Vasco, merecemos perder. Mas o trabalho continua. Acho que estamos no caminho certo. Única coisa que temos para fazer para chegar aos objetivos que temos é trabalhar.

Foram 10 contratações, mais o Muricy. Antes dessas partidas decisivas, o Muricy chegou a dizer que queria mais um zagueiro. Ainda existe a situação do César Martins, que está indefinida. O Flamengo ainda vai contratar mais? O que estão planejando?
A opinião que vai pesar vai ser sempre a do Muricy. Se ele entende que precisamos de mais um zagueiro, vamos atrás. Se ele entende que precisamos reforçar elenco em outras posições, vamos tentar também.

Mas já houve essa conversa?
Já conversamos, é claro. Conversas são praticamente permanentes. Mas o importante é que ele está fazendo excelente trabalho. Os resultados se não saíram em termos de campeonato, nós já conseguimos ver em termos de padrão de jogo. Não estou nem falando por mim, vocês mesmos, jornalistas, só pegar as análises, a evolução de padrão de jogo, então... as análises foram satisfatórias.

Houve algumas repercussões negativas da entrada do time em campo. O senhor sabia que seria daquela maneira?
Sabia e gostei muito do que fizeram. As crianças não foram em momento algum prejudicadas. Elas entraram em campo com os jogadores, posaram, cantaram o hino, ficaram felizes da vida. Se perguntar quem estava lá, elas foram as que mais curtiram aquela irreverência, digamos assim. Aquilo ali foi homenagem à torcida de Manaus, ao carinho, que já tinha se dado em outras ações, no treino, na véspera. Jogadores deram entrevista coletiva só para crianças no hotel. E aquela entrada foi homenagem para a torcida. Foi perfeita. Pode acontecer de novo sem nenhum problema. Inclusive sou a favor que se repita. Mas tem que ser surpresa.