5/5/2016 07:33
Muricy não vê catástrofe, mas fica sem resposta após derrota: 'Difícil explicar'
Técnico tenta explicar que time ataca no 4-3-3 e defende no 4-1-4-1, garante que seguirá se expondo e identifica falta de confiança no elenco rubro-negro
Flamengo, Muricy Ramalho, Arena Castelão, Copa do Brasil (Foto: JL Rosa/Agência Diário)
A exemplo do ocorrido no clássico contra o Vasco (0x2), no último dia 24, o Flamengo voltou a jogar muito mal nesta quarta-feira, quando foi derrotado por 2 a 1 pelo Fortaleza, no Castelão. O time criou pouco, dificilmente ameaçou o time adversário e abusou dos cruzamentos de longa distância. Jogadas trabalhadas foram raríssimas. Perguntado por que o time não consegue se encontrar, Muricy Ramalho não encontrou resposta. O descontentamento estava explícito no rosto do comandante por justamente não apontar uma razão para um futebol tão aquém do esperado.
- Difícil de explicar. O time trabalha muito por toda a semana, aí chega no jogo, os caras lutam, mas é difícil. Não pode abaixar a cabeça, temos o jogo de volta em casa, mas é complicado, porque os caras estão trabalhando demais e não conseguem o resultado, e isso é difícil.
A partida de volta da segunda fase na Copa do Brasil está marcada para o próximo dia 18, em Volta Redonda. O Rubro-Negro classifica se vencer por 1 a 0 - mas os cearenses jogam pelo empate. Placar de 2 a 1 para o Flamengo leva a partida para os pênaltis.
Apesar da aparência cabisbaixa após o jogo, Muricy não tratou a derrota para uma equipe da Série C como desastrosa - vale lembrar, que na primeira fase, o Fla sofreu revés contra o Confiança, também da Terceira Divisão. Ele, aliás, vê a classificação como algo bastante palpável.
- Não é catástrofe não, é mata-mata, não acabou hoje. Tem jogo de volta ainda. Única coisa que saiu bem foi que fizemos gol. Mas não é coisa de outro mundo, não. A gente pode reverter em casa - afirmou Muricy Ramalho.
Muricy crê que o principal problema do Flamengo é a falta de confiança, consequência, segundo ele, dos maus resultados. Mesmo diante da crise provocada pelas derrotas, o técnico tem fé numa reviravolta para o Brasileiro.
- Eu acho que vai dar liga, nós temos bons jogadores. estamos um pouco ansiosos, um pouco sem confiança, o que é normal quando se perde jogos. Mas vai dar liga, sim, temos um bom plantel. Estamos passando por um momento ruim, mas é falta de confiança. O jogador é assim, mas acho que na Copa do Brasil temos chance de reverter e no Campeonato Brasileiro acho que esse time vai dar resultado - afirmou o treinador.
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"Todo mundo triste"
É difícil estar falando, está todo mundo muito triste. Não tem que falar muito, não. É trabalhar.
O que esperava?
Sabíamos que seria um jogo fechado, pois como na maioria dos jogos que a gente joga, nossa posse de bola foi maior, como foi hoje de novo. E é claro que a gente tinha de entrar pelo lado do campo, fizemos bastante isso. Chegamos a fazer o gol, tivemos outras oportunidades, mas senti o time um pouco ansioso, porque a gente se expõe bastante, porque é o estilo do Flamengo, são as características dos nossos jogadores. E é isso. Tem que jogar bastante pelo lado, foi feito isso, mas realmente fomos infelizes. Fizemos o gol e infelizmente tomamos um em seguida.
Flamengo vai seguir se expondo
A posse de bola foi outra vez grande, porque eles jogaram no contra-ataque. Se o o time joga no contra-ataque, nós temos que apertar, buscar o jogo e ir para cima. São as características. Está sofrendo mesmo contra-ataque, mas muito pouco. Tem que se arriscar como fez, o jogo se apresentou e a gente tinha que se arriscar para cima e não ficar o tempo todo atrás. O Flamengo é um time muito grande e não pode ficar atrás.
Questionamento sobre o 4-3-3
Infelizmente no Brasil a gente vê o esquema pelo jogador. Se você olhar bem, todos os times jogam no 4-3-3 com a bola. Sem a bola temos o Cuéllar à frente da zaga, mais quatro e mais um. A gente vê pelo tipo de jogadores que nós temos. Hoje é normal dois caras que jogam do lado do campo voltarem para recompor. Fica 4-3-3 quando a gente ataca. Defendemos no 4-1-4-1. A característica do nosso time é essa, ainda mais contra um time fechado como o de hoje. A gente tinha que forçar pelo lado de campo. Contra o Confiança, jogamos no 4-3-3 e ganhamos de 3 a 0.
"Muito mal" no primeiro tempo
Muito mal. Time não jogou bem no primeiro tempo, no segundo veio mais adiantado, nós deixamos demais o Fortaleza jogar no primeiro tempo. No segundo tempo, criamos mais, acabamos fazendo o gol, mas com certeza o primeiro tempo não foi bom, não.
Explicação da mudança de capitão, de Wallace para Juan
Wallace pediu ontem à noite para não ser capitão e a gente aceitou. É claro que a gente pôs o mais experiente do time, o Juan está há muito tempo no clube. Não foi nada demais, pedido natural dele pra tirar um pouco da pressão, porque não é fácil. Não foi nada demais.
Feliz por Guerrero
Foi bom pelo gol. Artilheiro tem que fazer gol. Há muito tempo que ele não fazia, isso tira confiança, mas é um cara que luta muito e a gente sempre torce para que faça gols. Artilheiro vive disso. A outra única coisa boa do jogo foi essa: gol do Guerrero.
11436 visitas - Fonte: Globoesporte.com
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