Volante de muita pegada na marcação e qualidade no passe, Felipe Melo tem a sua situação indefinida para a próxima temporada. O meio-campista, que tem contrato com o Juventus, da Itália, disputou as duas últimas temporadas pelo Galatasaray, da Turquia. São Paulo e Manchester City já demonstraram interesse em contratá-lo. Revelado pelo Flamengo, em 2001, o jogador garante que pode ouvir propostas de todos os clubes, com uma única exceção: o maior rival do seu time de coração.

- Todo mundo sabe que eu tenho muito carinho pelo Flamengo e agradeço muito o carinho dos torcedores do São Paulo, que mandaram mensagens no Twitter. Eu estou de portas abertas para negociar com qualquer clube. Não fecho as portas para ninguém mas, como flamenguista, eu nunca jogaria no Vasco. Jamais - declarou Felipe Melo, no “Arena SporTV” desta quarta-feira.

O volante revelou ainda que dificilmente voltará a defender o Juventus, onde atuou de 2009 a 2011. No entanto, o clube italiano não teria interesse em emprestar o jogador novamente, apenas pretenderia negociá-lo em definitivo.

- Tive uma conversa com o Antonio Conte (técnico do Juventus). Ele foi muito profissional. Nunca tive muita vontade de voltar para o Juventus. Joguei dois anos, quase todos os jogos, mas não tínhamos um grupo, não tínhamos peças de reposição. Hoje, acho que o Juventus está muito bem servido. Foram muito claros que não querem me emprestar novamente. Recebi uma proposta do São Paulo antes do Galatasaray. Agora não sei dizer, falam também do Manchester City, mas é o meu empresário que sabe.

Mas há um empecilho para os clubes que querem contar com Felipe Melo em seu setor de meio de campo. O clube italiano quer um alto valor para liberar o atleta. Fora isso, o alto salário do jogador seria mais um entrave, ao menos para os clubes nacionais. Os vencimentos de Felipe Melo chegariam a quase R$ 1 milhão mensais.

- Creio que o valor total de uma negociação para o Brasil torna a transferência muito difícil. A Juventus pede 6 ou 7 milhões de euros (cerca de R$ 17 milhões). Eu sei que se quiser voltar para o Brasil teria que fazer um esforço para voltar, abrir mão de 20 ou 30% do salário que eu ganho, porque no Brasil não se paga a mesma coisa. Têm saído notícias de que eu não abaixaria o salário, mas não é verdade. O primeiro passo é fazer contato com a Juventus – finalizou o volante.