Marketing do Flamengo - Emendas piores que o soneto: veja soluções para alavancar o número de sócio-torcedores

8/6/2013 16:11

Marketing do Flamengo - Emendas piores que o soneto: veja soluções para alavancar o número de sócio-torcedores

Marketing do Flamengo - Emendas piores que o soneto: veja soluções para alavancar o número de sócio-torcedores
A noite de ontem não ficou marcada apenas pela atuação patética do Flamengo – levando à queda de seu treinador e à instauração de uma profunda crise nos corredores da Gávea. Fora de campo, também se verificou um dos maiores equívocos desde que assumiu a atual diretoria de marketing. Cobranças por novas adesões ao sócio-torcedor se deram em pleno placar eletrônico do Orlando Scarpelli. O tom agressivo exigia da torcida que se associasse sob pena de responsabilização pela péssima fase vivida:

- Tem gente que só reclama, reclama, e… na hora de ajudar, cadê?

- Vai esperar mais quanto tempo?

- O Mengão está se recuperando, mas todo mundo precisa fazer sua parte.

- Não pode só torcer. Tem que fazer alguma coisa.

- Você pagaria quanto para ver outro gol como o de Nunes em 1981?

Mas o tiro saiu pela culatra. A emenda ficou pior que o soneto.

Não é de hoje que o marketing do Flamengo se excede no apelo emocional da campanha pró-associações. Desde o lançamento do “Nação Rubro-Negra”, este Blog entende que o caráter filantrópico defendido pelo vice Luiz Eduardo Baptista não condiz com o conceito de benefícios mútuos em relações de consumo. A coluna “Um projeto decepcionante” opinou que a relação seria uma via de mão dupla, e que a falta de benefícios do projeto seria seu principal limitador.

De lá para cá, o “Nação Rubro-Negra” até melhorou, aproveitando o tour feito pelo time na falta da casa própria. Mas a simples disponibilização de ingressos parece não ser suficiente para engrenar um projeto estancado na casa dos 25 mil adeptos há dias. E tudo se torna pior quando a postura quanto aos não-associados é a de um dedo na cara. Quem não o fez tem seus motivos. A péssima fase em campo joga contra, mas a principal explicação é a falta de benefícios diretos, principalmente para o enorme contingente Off-Rio. Fica exposta uma enorme letargia por parte dos responsáveis.

Para evitar acusações de críticas proferidas a esmo, preparamos exemplos de iniciativas que fariam os torcedores (não apenas do Flamengo) se sentirem impelidos à associação de maneira menos brusca.

1) Sorteio de automóveis do patrocinador.

Tendo a Peugeot como uma das anunciantes, o clube poderia sortear um automóvel zero a cada 25 mil associados (número atual). Considerando um veículo a preço de custo, seriam necessários apenas quarenta e dois novos associados para bancarem um valor estimado de R$ 20 mil*. A chance de ser contemplado (1/25.000) seria superior à de qualquer loteria, principalmente pela implantação de sorteios mensais. Quando se atingisse 50 mil associados, dois carros seriam disponibilizados. A manutenção das boas chances seria o cerne do potencial sucesso.

* Considerando a mensalidade mais barata, R$ 39, cada torcedor injeta anualmente R$ 468, razão pela qual 42 novos associados bancariam a empreitada.

2) Reversão dos pagamentos em créditos na compra de produtos e serviços.

O projeto contempla mensalidades de até R$ 199 mesmo sem quase nenhum benefício – já que os ingressos e os descontos do “Movimento por um Futebol Melhor” muitas vezes independem do valor dispendido. Sendo assim, os R$ 2.388 despejados pela anuidade mais cara, se revertidos em descontos na aquisição de veículos Peugeot, fariam muitos se associarem. Neste sentido, o patrocínio da Caixa faz com que as possibilidades se tornam variadas. Descontos poderiam incidir sobre tarifas, pacotes de serviços ou até sobre a taxa de juros de quem contraísse empréstimos. Benefícios em instituições financeiras estão entre os mais valiosos sob a ótica do consumo.

Todo o exposto dependeria de negociações complexas e não contempladas nos contratos vigentes. Mas esta é uma das atribuições de uma diretoria de marketing atuante e calcada na ativação dos patrocínios – em contraponto à mera exposição de logomarcas. Se não é difícil ser criativo, é inaceitável ver o torcedor acusado pelo rombo (R$ 750 milhões) contraído por gestões calamitosas do passado. O mesmo torcedor ontem acuado fez do Flamengo, historicamente, líder na venda de pacotes de pay per view, audiência televisiva e venda de camisas oficiais. Apesar de toda a consternação, torna-se imperativo que se pense duas vezes antes de apontar o canhão à direção errada.

Um grande abraço e saudações!

E-mail da coluna: teoriadosjogos@globo.com

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1312 visitas - Fonte: Globo Esporte


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