Em contrato assinado com a Globo para o Estadual, de 2017 a 2019, a diretoria do Flamengo se comprometeu a um mínimo de 17 datas da competição pelos três anos. E o clube terá de usar seu time principal.

Em contrapartida, a emissora pagará a cota de R 15 milhões por ano, igual a dos outros times grandes, e não maior como queria o clube rubro-negro. E a Globo comprometeu-se aos ”melhores esforços” para viabilizar a Arena da Ilha. Não há no contrato, no entanto, um valor estabelecido para isso.

Desde o início do ano passado, a diretoria do Flamengo fazia críticas ao Estadual e ameaçou escalar jogadores reservas em favor da Primeira Liga. A Ferj então ensaiou cortar as cotas de televisão do clube rubro-negro e do Fluminense, o que não se concretizou. E havia o contrato de 2016 em que o time se obrigava a usar titulares.

Para 2017, o Flamengo demorou nove vezes a chegar a um acordo com a Globo. No novo contrato, o Flamengo conseguiu evitar que o contrato passe pela Ferj.

Mas voltou a aceitar a exigência de uso de time principal. E ficou estabelecido um mínimo de 17 datas para o Estadual pelos próximos três anos, ou haverá redução do valor total do contrato. Assim, ficam difíceis mudanças no calendário já que em 2017 foram 18 datas. Há ainda uma cláusula de preferência para renovação do contrato do Estadual com a Globo, o que pode inibir concorrência.

Em relação à Primeira Liga, o valor assinado é de R 2 milhões, menor do que a reportagem havia apurado anteriormente. Mas o valor pode subir com premiações.

A diretoria do Flamengo não quer comentar os termos do acordo até serem discutidos no Conselho Deliberativo, nesta quinta-feira.