Flamenguista declarado, Vagner Love sempre se esforçou para jogar no Flamengo. Porém, o término de sua segunda passagem pelo clube, no começo do ano, deixou marcas no atacante. Nesta quinta-feira, durante evento em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, o jogador do CSKA, da Rússia, não fugiu do tema e voltou a criticar a atitude da atual diretoria, por forçar a sua saída após assumir a direção do Rubro-Negro.

O motivo da liberação de Love, de acordo com os dirigentes, foi para cortar gastos. No entanto, com os fracos resultados obtidos pelo futebol na temporada, a diretoria já admite abrir os cofres não só para contratar um treinador de ponta, mas como para reforçar o elenco.

Diante do atual panorama, Vagner Love não perdeu tempo e alfinetou os cartolas, que dispensaram recentemente o volante Ibson sob a mesma alegação. Os dois estiveram juntos em São Gonçalo para evento comemorativo aos dois anos do projeto social Craque do Amanhã.

- Foi uma saída complicada, eles alegaram que era para diminuir os gastos. Agora, estão tendo que contratar, porque está dificil a coisa – afirmou Vagner Love.

O que incomoda até hoje o centroavante foi a maneira como deixou o clube. O atleta revelou que foi procurado em dezembro do ano passado pelos dirigentes e que ouviu que contavam com ele. Porém, um mês depois, recebeu a notícia de que não fazia mais parte dos planos rubro-negros.

- Me pegou de surpresa. O Pelaipe me disse em dezembro que contava comigo, mas em janeiro me avisou que não poderia mais me manter. Fiquei sem entender, mas não houve atrito. O Wallim (Vasconcelos, vice de futebol) que falou que eu o procurei nas férias e o incomodei. Mas na época eu também estava de férias e nem o conhecia, não teve nada disso. Tentaram até me culpar, mas se não tinham condições de me manter, a culpa não é minha.

Vagner Love retornou ao CSKA, da Rússia, onde é ídolo e conquistou dois títulos na última rtemporada europeia. Na próxima, disputará a Liga dos Campeões pelo time russo. O jogador admitiu ter sido sondado por alguns clubes brasileiros, mas não houve nenhuma proposta concreta para voltar ao país.