Depois de atear fogo em frente ao estádio Mané Garrincha, palco da abertura da Copa das Confederações na última sexta-feira, manifestantes voltaram a agir na frente do estádio neste sábado, dia em que se dá inicio ao torneio.

Cerca de 400 ativistas protestaram no fim da manhã deste sábado em frente ao estádio. Os principais "alvos" dos manifestantes eram a corrupção do governo, a Fifa e realização da Copa do Mundo em solo brasileiro.

A tropa de choque chegou a fechar a rua em frente ao Mané Garrincha e acabou usando bombas de efeito moral para dispersar os ativistas. Mesmo assim, os manifestantes seguiram protestando no eixo monumental com faixas, narizes de palhaço e coros contra a corrupção no governo e Copa do Mundo.

Muitos se juntaram em um coro para protestar contra a Fifa. "Fifa filha da p...", gritavam.

Os policiais ainda atiraram com balas de borracha na direção dos manifestantes, e alguns tiveram, a princípio, ferimentos leves e precisam ser socorridos pelos bombeiros.

Na movimentação dos carros da polícia, pelo menos duas pessoas foram atropeladas (ainda não há relato se ficaram feridas com gravidade).

Segundo balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública do DF, a confusão acabou com 27 pessoas feridas, sem gravidade, e oito presos.

A cavalaria também se fez presente para conter os protestos. Com a manifestação persistindo, mais bombas foram jogadas, provocando correria próximo aos acessos do estádio. Alguns torcedores que não estavam relacionados à manifestação sofreram também, mas com gás de pimenta utilizado. Até dentro do estádio o sistema se som alertou para que as pessoas não levassem as mãos aos olhos.

"Há pessoas que se identficam sendo dos Sem Teto, mas há uma quantidade grande de estudantes e há no meio deles pessoas que se aproveitam dos grandes eventos para poder aparecer e tentar criar tumulto, baderna. Estamos trabalhando com muita consciência para impedir, sem partir para nenhuma ação de violência. Acho que a situação está controlada. A PM fez um grande trabalho, conseguiu conter sem usar a violência", disse Sandro Avelar, Secretário de segurança do DF, à "Globo News", antes das bombas serem jogadas.

"O que não vamos admitir é baderna, confusão. O diálogo é uma marca do nosso governo. A situação foi bem controlada e o acesso ao estádio está acontecendo normalmente. No meio de manifestantes, existem pessoas que fazem baderna para criar uma situação traumática. A Polícia Militar tem conseguido controlar a situação perfeitamente, sem usar de violência. São 3.500 policiais, o suficiente para comandar este evento", completou Avelar.