Rigor fiscal e Engenhão fechado ampliam crise de clubes do Rio

24/6/2013 09:28

Rigor fiscal e Engenhão fechado ampliam crise de clubes do Rio

Rigor fiscal e Engenhão fechado ampliam crise de clubes do Rio
O rigor cada vez maior da Fazenda Nacional na cobrança de impostos e a interdição do Engenhão por problemas estruturais ampliaram a crise financeira do futebol carioca. As dificuldades têm forçado os grandes clubes a reduzirem gastos e até mesmo se desfazerem de jogadores, casos de Wellington Nem e Fellype Gabriel, vendidos por Fluminense e Botafogo, respectivamente.

As penhoras feitas pela Fazenda Nacional funcionam de forma bastante restritiva: com mandados judiciais, o órgão governamental retêm recursos antes que eles entrem nos cofres dos clubes. A condição faz com que os times percam receitas essenciais para o pagamento de despesas corriqueiras, como salários e até mesmo passagens de seus funcionários. A situação, portanto, acaba funcionando como uma bola de neve, já que as agremiações são forçadas a criar novas dívidas.

O time mais atingido pelo aperto promovido pela Fazenda Nacional é o Vasco. O Cruzmaltino sofre com atrasos salariais desde o ano passado e teve de reformular seu elenco para este ano por conta da situação. Já o Botafogo foi pego de surpresa com a interdição do Engenhão, importante fonte de recursos, e tem lidado com a insatisfação de seus atletas pela dificuldade de manter a folha em dia.

Mesmo com a forte parceria com o Unimed, o Fluminense tem tido problemas para manter o pagamento de alguns jogadores em dia, na sua grande maioria jovens revelados pelas suas categorias de base. Já o Flamengo apertou os cintos e conta com um elenco humilde enquanto paga um refinanciamento de suas dívidas com a Fazenda. Entenda melhor a situação de cada um dos grandes clubes cariocas:

Em grave crise, o Vasco chegou a sofrer com o desmanche de seu elenco antes desta temporada. Atualmente, os salários estão atrasados em dois meses por conta do bloqueio das receitas pela Fazenda, que asfixiam o clube desde o fim de 2011. No ano passado, a dificuldade do time em arcar com seus compromissos causou a recusa dos atletas a se apresentarem para a concentração para algumas partidas. A situação pode melhorar nas próximas semanas, quando o Cruzmaltino espera anunciar a obtenção de certidões negativas de débito, o que abriria caminho para as chegadas dos patrocínios da Caixa Econômica Federal (R$ 28milhões) e da Nissan (R$ 8 milhões). O quadro gerou até mesmo a mobilização da torcida vascaína, que crou um programa chamado "Dívida Zero", em que os participantes podem ajudar a pagar diretamente parte do montante devido à Fazenda Nacional. O movimento já descontou mais de R$ 380 mil do valor devido pelo Cruzmaltino. Dívida com a Fazenda Nacional: cerca de R$ 52 milhões

977 visitas - Fonte: Uol


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