Clássico disputado na Ilha em 2016 (Foto:Gilvan de Souza/CR Flamengo/Divulgação)
Após a determinação da CBF [Confederação Brasileira de Futebol] para que o clássico entre Flamengo e Vasco, marcado para o dia 28 de outubro pela 31ª rodada do Brasileirão, saísse do Estádio Luso Brasileiro – apelidado como Ilha do Urubu - para o Maracanã, o Rubro-Negro não escondeu o seu descontentamento.
O presidente Eduardo Bandeira de Mello reclamou e a instituição publicou uma nota, quinta-feira (19), questionando a decisão pela mudança. Alguns dos pontos demonstram relevância importante para a argumentação do Rubro-Negro.
“O estádio de hoje é resultado de todas essas determinações, principalmente de orientações expressas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para que lá fosse possível realizar qualquer partida, incluindo clássicos regionais”, diz parte da nota emitida pelo clube, que complementa os seus tópicos.
“Como referência histórica importante, em 2016 as mesmas autoridades públicas aprovaram a realização da partida entre Botafogo e Flamengo, em um estádio que possuía instalações e cuidados com segurança inferiores aos atuais e que nunca tinha sido testado antes, uma vez que a partida citada foi a estreia da arena. Se a Polícia Militar do Rio de Janeiro permitiu a realização de um clássico naquelas circunstâncias, o Flamengo se reserva o direito de perguntar: por que isso não é possível agora?”.
“Como a Polícia Militar do Rio de Janeiro teve condições de garantir a segurança para a realização das partidas entre Vasco e Flamengo em São Januário pelo Campeonato Estadual de 2016 e pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2017, mas agora não consegue fazer o mesmo na Ilha do Urubu?”.
Confusão em São Januário, no 1º turno (Foto:Gilvan de Souza/CR Flamengo/Divulgação)
O Flamengo ainda se pergunta a respeito da garantia oferecida pela PM para garantir a segurança dos torcedores no Maracanã e lembra que o esquema de segurança utilizado no embate contra o Palmeiras, “jogo considerado de altíssimo risco, em função da rivalidade entre as torcidas, foi elogiada publicamente pelo Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (GEPE)”.
FALÊNCIA NA ÁREA DE SEGURANÇA É O PRINCIPAL FATOR PELA MUDANÇA?
A mudança no local da partida é fruto do temor pela falta de segurança, já que no primeiro turno uma confusão generalizada entre a torcida do Vasco ocasionou em três feridos e um morto. Após a confusão, o histórico estádio foi interditado e passou por melhorias – como uma reforma que aumentou a segurança na área de imprensa
(Foto:Gilvan de Souza/CR Flamengo/Divulgação)
Já o Flamengo diz ter os laudos que garantem a segurança por parte de seu estádio e embasou bem os seus argumentos. Caso garanta a segurança das pessoas dentro do local, coisa que o Rubro-Negro garante ter, seria correto que um time pudesse jogar em qualquer lugar de seu desejo. Por isso, se há um grande culpado na mudança de local da partida é a ineficiência do Estado para prover a segurança, de acordo com o clube. Em meio à falência vivida pelo setor, isso fica ainda mais grave.
“As autoridades públicas do Estado do Rio de Janeiro tiram, em função de sua própria incapacidade, o direito de um contribuinte correto e responsável realizar suas partidas em seu estádio, obrigando-o atuar em uma praça esportiva que cobra taxas exorbitantes. A título de comparação, para atuar no Maracanã o Flamengo paga aluguéis quatro a oito vezes maiores que aqueles cobrados do Fluminense”, finaliza o Rubro-Negro.
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