Mattheus cria asas e espera sair da sombra do pai: 'Quero minha história'

3/1/2013 10:26

Mattheus cria asas e espera sair da sombra do pai: 'Quero minha história'

Após subir para o profissional neste ano, filho de Bebeto tem metas para 2013: ganhar espaço no Flamengo e o título do Sul-Americano sub-20

Mattheus cria asas e espera sair da sombra do pai: Quero minha história
É extremamente comum torcedores, curiosos e até jornalistas chegarem à Granja Comary, onde a Seleção sub-20 se prepara para o Sul-Americano, e logo perguntarem: "Quem é o filho do Bebeto?". Pelo menos por enquanto, é praticamente impossível desvincular a imagem de jovem a do pai, tetracampeão do mundo em 1994.

A comemoração "embala-neném", feita por Bebeto após o gol nas quartas de final da Copa de 1994 contra a Holanda em homenagem ao filho que nascera havia dois dias, é sempre o primeiro tema abordado nas entrevistas de Mattheus. Não que ele se incomode, já que sente orgulho dos feitos do pai. Mas para o meia do Flamengo, chegou o momento de seguir o seu próprio caminho, fazer sua própria história no futebol e sair da sombra de Bebeto.

- Já perdi as contas de quantas vezes falei sobre essa comemoração. Não me incomoda. Sei que ele fez esse gesto para mim e só tenho que agradecê-lo. Mas quero sair da sombra. Meu pai já fez a história dele, e eu quero fazer a minha. Ainda estou procurando a minha identidade em campo, a minha a carreira ainda tem muita coisa pela frente. Então, procuro sempre separar as coisas.

A próxima temporada pode ser decisiva para Mattheus criar asas e começar a desenhar a sua história. Na Seleção sub-20, o meia terá a oportunidade de conquistar o tetracampeonato consecutivo do Brasil no Sul-Americano. No Flamengo, após um ano em que disputou seus primeiros jogos como profissional, mas também passou boa parte do Campeonato Brasileiro sem sequer ser relacionado para as partidas, Mattheus espera por uma sequência para se firmar de vez no seu time de coração.

- Eu quero jogar, sei que posso ajudar o clube.

Na Granja Comary, onde se prepara para o Sul-Americano sub-20, que acontece na Argentina entre janeiro e fevereiro, Mattheus falou não só de Bebeto e do Flamengo, mas também do assédio feminino, da fama de caseiro, de suas preferências e gostos e das brincadeiras que tem que aturar dos colegas pela beleza da irmã, a modelo Stephanie Oliveira.

- Pior seria se ela fosse feia, né? (risos).
Confira os principais trechos da entrevista
Preparação

- Estou muito bem, treinando forte todos os dias, procurando me dedicar ao máximo em todos os treinos para chegar forte ao Sul-Americano.

Sul-Americano
- O Sul-Americano é um título muito importante. Já disputei uma vez (com a Seleção sub-15), mas infelizmente não fui campeão. É um título que almejo na minha carreira para poder contar para os filhos, para os netos e até para os meus pais. Estou me dedicando bastante.

Bebeto e a comemoração 'embala-neném'
- Já perdi as contas de quantas vezes falei sobre essa comemoração. Não me incomoda. Sei que ele fez esse gesto para mim e só tenho que agradecê-lo. Mas quero sair da sombra. Até por isso, sempre quando concedo entrevistas, procuro separar as coisas. Meu pai já fez a história dele, e eu quero fazer a minha .Ainda estou procurando a minha identidade em campo, a minha a carreira ainda tem muita coisa pela frente. Então procuro sempre separar as coisas.

Responsabilidade a mais
- Procuro sempre separar para evitar essas comparações. Meu pai foi um grande jogador, tem a história dele no futebol, que já está feita. Eu ainda estou procurando a minha, não fiz nem 1% da dele ainda.

Flamengo
- Foi importante ter subido esse ano e me firmado como profissional. Sei da responsabilidade que é jogar no Flamengo. Fui criado dentro do clube. Sei da pressão que é jogar lá. O Flamengo é o clube que tem a maior pressão do futebol brasileiro. Mas desde o começo eu já sabia disso e estou preparado e com a cabeça feita em relação a essa pressão.

Entra e sai do time
- Incomoda um pouco. Eu quero jogar, sei que posso ajudar o clube da melhor maneira possível. Incomoda um pouquinho. Os garotos estão sempre querendo jogar, mas a gente não pode reclamar, pois é o treinador quem manda. Mas é lógico que cada um de nós, não só eu, mas também o Adryan e os outros, quer ter essa sequência para se firmar na equipe principal.

Posição
- Gosto de jogar como meia-armador, distribuindo o jogo, ditando o ritmo do jogo. Foi nessa posição que eu fui criado e estou acostumado desde pequeno. Essa é a posição que eu gosto e sei jogar. Também sei jogar em outras posições, mas a preferida é como meia-armador. Agora, no entanto, o importante é estar jogando e posso atuar em outras posições.

Assédio feminino
- Sou um cara muito caseiro. O assédio existe, principalmente pelo fato de ser jogador. É normal, é bacana. Faz bem para o ego. Mas sei lidar muito bem com isso. Sou bem tranquilo, na minha.

Irmã
- A galera brinca muito, mas é legal, tudo na boa. Pior seria se ela fosse feia, né? (risos).

1221 visitas - Fonte: Globo Esporte


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