Foto: Gilvan de Souza

Paolo Guerrero ainda não desistiu do sonho de disputar sua primeira - e provavelmente única - Copa do Mundo e segue na Suíça aguardando recurso. O jogador e seus advogados entraram com uma liminar na Tribunal Federal do país para que ele seja liberado. Recentemente, o atacante conversou com o presidente da Fifa, Gianni Infantino, mas sem sucesso.

E o atacante quer que o sonho de disputar o Mundial não chegue ao fim. Em entrevista a BBC, Guerrero fez um apelo e continua garantindo que é inocente e que sua punição para 14 meses - com seis já cumpridos - foi muito pesada.

- Acredito na justiça suíça. Estou passando por uma injustiça. Não me tirem o sonho de jogar uma Copa do Mundo - disparou.

Sobre a forma como foi contaminado e teve positivo em seu exame antidoping. o jogador garante que não utilizou drogas recreativas e que ainda não sabe como pode ter adquirido a substância em seu organismo.

- Não sabemos (como ele entrou em meu organismo). Se supõe que foi um chá de coca. O que eu tomei antes de sair da Argentina foi um chá de anis. Tomei depois do almoço, por uma indisposição estomacal - comentou.

ATACANTE LEMBRA DE MOMENTO EM HOTEL

Sem ter a certeza de como teve a substância em seu organismo, Guerrero relembrou o passo a passo realizado no hotel, onde ele teria ingerido, sem saber, a benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína, ao lado de amigos e familiares em um hotel.

- Pedimos bebidas, minha mãe tomou Coca-Cola, um amigo café, outro uma água. Eu e mais três amigos pedimos chá de anis, que veio numa jarra já preparada. Não teria porque tomar chá de coca porque não melhoraria meu rendimento e porque, tenho isso muito claro, sei que é uma substância proibida - contou.

Por fim, o atacante garantiu que não houve trapaça e pediu para realizar o sonho de disputar a Copa pelo Peru e ser o capitão desse time.

- É meu sonho de criança ser capitão do Peru, levo isso na alma, no coração - concluiu.