Savio endiabrado, movimentação e defesa protegida: por que o Fla venceu o clássico

22/7/2018 19:01

Savio endiabrado, movimentação e defesa protegida: por que o Fla venceu o clássico

Rubro-Negro desarma sistema defensivo do Botafogo com opção de Barbieri por prata da casa, mas perde várias chances de ampliar a vantagem por não definir contra-ataques

Savio endiabrado, movimentação e defesa protegida: por que o Fla venceu o clássico
Em sete minutos - e tranquilidade nos 83 restantes -, o Flamengo venceu o Botafogo, neste sábado, no Maracanã, e manteve a liderança do Brasileirão. O resultado foi construído com movimentação dos homens de frente, em especial Matheus Savio, opção de Maurício Barbieri para a vaga de Marlos, cortado por lesão.

Dominante, a equipe aproveitou a fragilidade do Botafogo, teve em Cuéllar novamente uma referência defensiva, mas perdeu várias chances de ampliar a vantagem em contra-ataques rápidos, que na maioria das vezes não terminou em finalizações.

Sem Marlos, fora do clássico por lesão, Barbieri escolheu Matheus Savio para começar o jogo. E a solução caseira surtiu efeito imediato - até maior que o esperado. "Bem nos treinamentos", segundo o treinador, o garoto de 21 anos desarmou o sistema do Botafogo montado com três volantes - principalmente o lado direito da defesa.

Com precisão na batida - e dose de sorte -, Savio assinou uma pintura para abrir o placar. Mas fez mais do que o golaço. Participou diretamente do segundo gol, infernizou a vida de Luis Ricardo, abriu o jogo pelos lados, segurou bem a bola quando esteve sozinho no ataque e foi, na grande parte do tempo, boa opção para Diego e Paquetá.

A precisão de Cuéllar mais uma vez fez a diferença. Após cumprir suspensão e desfalcar o time na derrota para o São Paulo, o colombiano anulou Leo Valencia, homem responsável pela criatividade no meio alvinegro.

Foram quatro desarmes, duas roubadas de bola e demonstração de leitura de jogo, em especial nas antecipações. O volante, em três oportunidades, matou a saída de bola do Botafogo ainda no campo de defesa do adversário.

Preencheu os espaços vazios e obrigou o Alvinegro a usar a bola áerea como alternativa. Para coroar a atuação, ainda foi importante na saída de bola. Iniciou contra-ataques, com qualidade: foram 59 passes ao longo dos 90 minutos, sendo apenas três sem destino.

Barbieri começou o jogo com Diego e Paquetá no meio, atrás da linha de três jogadores: Uribe (pela direita), Savio (pela esquerda) e Guerrero (centralizado). Mas fez o time rodar a todo instante - inclusive reclamou quando isso não acontecia. Os dois gols começaram do lado direito: a primeira bola morreu direto na rede, mas a outra só entrou porque Paquetá pisou na área, como um centroavante, para antecipar Jefferson.

Uribe foi "sacrificado", mas apareceu por vezes no meio, fez proteção de costas e mostrou certa qualidade nos domínios pelos lados, mesmo em atuação discreta. Diego apareceu por toda a faixa do meio e, em alguns momentos, distribuiu passes nos dois lados do ataque. O destaque fica para Savio, que carregou a marcação para a direita em vários momentos e confundiu o trio de proteção alvinegro.

A qualidade do Flamengo, obviamente, ganhou o clássico, mas não foi uma atuação de manual. O resultado, construído logo no início, foi administrado com tranquilidade muito pela falta de criatividade do Botafogo. Além da pouca produtividade, o Alvinegro ainda deixou muito espaços para os contra-ataques rubro-negros, que acabaram mal-aproveitados.

Com velocidade, o Flamengo chegou algumas vezes com superiodade - ou igualdade - númerica ao campo de ataque, mas pecou na hora da decisão e perdeu a chance ampliar a vantagem. Pouco finalizou os lances rápidos, apenas em duas oportunidades com Lucas Paquetá, destacadas por Barbieri na coletiva pós-jogo.

O número de finalizações na partida mostra a falta de ousadia da equipe no quesito: foram apenas oito - cinco no gol. O Botafogo, para efeito de comparação, terminou com 17, mas com péssimo aproveitamento (apenas seis pararam em Diego Alves, uma delas difícil).

O segundo jogo de Guerrero após o fim da Copa do Mundo não foi brilhante. Esperança de gols dos rubro-negros, o camisa 9 mais uma vez apareceu melhor nas proteções de bola, afastado da grande área, do que nas finalizações.

Aliás, finalização, no singular. Foi apenas uma do peruano nos pouco mais de 69 minutos em campo, sem perigo para Saulo (que entrou na vaga de Jefferson). Em alguns momentos, demorou a definir os lances. Participou da boa movimentação do ataque, mas passou longe de ser perigoso. Perdeu número considerável das disputas com Matheus Fernandes e Igor Rabello.

2863 visitas - Fonte: Globoesporte.com


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