[i]Ricardo Lomba, de frente, conversa com Bandeira de Mello: pensamentos antagônicos (Gilvan de Souza / Site oficial do Flamengo)[/i]
O lançamento da candidatura de Ricardo Lomba à presidência do Flamengo expôs um cenário que já se desenhava nos bastidores e norteará a campanha da situação para o triênio 2019-2020-2021. Aos poucos, dirigente e pares tentam desvincular a imagem do mandatário Eduardo Bandeira de Mello para o pleito de dezembro. A estratégia ficou clara em atitudes, respostas e até nas entrelinhas.
O fato de Bandeira não ter comparecido ao evento da última terça-feira (18) foi sintomático. Candidato ao cargo de deputado federal, o cartola está esvaziado nos corredores da Gávea. Ele recebe críticas diárias pela dedicação à campanha eleitoral em meio ao momento delicado do futebol. A forma centralizadora com a qual toma a maior parte das decisões também desagrada há tempos.
No evento de Ricardo Lomba, o presidente só apareceu no telão através de um vídeo e se desculpou pela ausência. O candidato Lomba foi questionado sobre o fato e já indicou nas palavras o cenário que será desenhado até dezembro.
[blockquote class"twitter-tweet" data-lang"pt"][p lang"pt" dir"ltr"]Lomba fala sobre o cenário eleitoral do Flamengo, diz que união do "outro lado" não o agrada e diz que Bandeira de Mello não fará parte de uma possível nova gestão. [a href"https://twitter.com/hashtag/UOL?srchash&ref_srctwsrc5Etfw"]#UOL[/a] [a href"https://t.co/OM1Ts3nhor"]pic.twitter.com/OM1Ts3nhor[/a][/p]— Vinicius Castro (@castrovc) [a href"https://twitter.com/castrovc/status/1042085661183025153?ref_srctwsrc5Etfw"]18 de setembro de 2018[/a][/blockquote]
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"A pergunta sobre a participação do Bandeira deve ser direcionada a ele. É uma pessoa que gosto, tenho admiração e acho que fez duas excelentes gestões. Mas, a partir do ano que vem, ele não faz mais parte da gestão. Ficamos felizes por contar com o apoio dele, mas precisamos olhar para frente. Ele não estará aqui a partir de 2019", afirmou.
Segundo apuração do UOL Esporte, Ricardo Lomba nutre respeito ao presidente, principalmente pelo trabalho desenvolvido no clube e em razão da mobilização para que assumisse o cargo de vice-presidente de futebol. Porém, é denominador comum que o protagonismo se faz necessário na campanha. É pertinente tentar alçar um voo solo desde já, panorama que ficou claro no pontapé inicial.
Por outro lado, apesar da ausência de Bandeira ter sido bem vista pelos pares de Lomba no aspecto de tomar as rédeas da situação, a maioria considerou errada a atitude do cartola em "abandonar" o indicado no momento tão importante.
[blockquote class"twitter-tweet" data-lang"pt"][p lang"pt" dir"ltr"]Ricardo Lomba diz não ter objetivos na política partidária através do cargo de presidente do Flamengo. [a href"https://twitter.com/hashtag/UOL?srchash&ref_srctwsrc5Etfw"]#UOL[/a] [a href"https://t.co/iWVvhH07A6"]pic.twitter.com/iWVvhH07A6[/a][/p]— Vinicius Castro (@castrovc) [a href"https://twitter.com/castrovc/status/1042087892108144646?ref_srctwsrc5Etfw"]18 de setembro de 2018[/a][/blockquote]
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Com o debate acalorado nos corredores da Gávea sobre o fato de Bandeira ter utilizado o Flamengo como trampolim para concorrer ao cargo de deputado federal, Lomba aproveitou o evento para firmar posição contrária. Mais uma vez, deixou claro que os pensamentos são antagônicos.
"Não tenho nenhuma pretensão política. Muito menos utilizar o Flamengo para qualquer fim que não seja o de dar alegrias ao torcedor. Se um dia eu vier a ter qualquer tipo de relação com a política partidária, podem ter a certeza de que não derivará da minha posição no Clube de Regatas do Flamengo. Não me valerei disso para nenhum projeto pessoal", comentou.
Seja no discurso, nas conversas de bastidores ou nas entrelinhas, desvincular a imagem do atual presidente é algo definitivo. O exercício ainda é delicado, mas o futuro está desenhado. O Flamengo terá um novo presidente em dezembro e Eduardo Bandeira de Mello passa longe dos planos de qualquer um dos candidatos.
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