4/1/2013 19:11
Grandes contratos de material esportivo
É bom tomar cuidado nas comemorações devido aos grandes contratos de material esportivo. As grandes marcas não costumam dar ponto sem nó.
Normalmente tendemos a gostar de contratos de longo prazo. Nos passam segurança, parecem mais sólidos e, principalmente quando envolve montantes de dinheiro elevado, ajudam a “maquiar” analises mais sólidas.
Os números apresentados pelos três maiores times do Brasil, em termos de receita, com os novos contratos de fornecimento de material esportivo e patrocínio mostram como o mercado de material esportivo no Brasil está em alta e, exatamente por isso, contratos de longo prazo não tendem a ser positivos para os clubes, mas são ótimos para os fornecedores de uniformes.
Em 2006, quando a Reebok assinou com São Paulo e Internacional, os clubes davam pouca atenção para este item no patrocínio. Poucos eram os clubes, para não dizer nenhum, que conheciam afundo quanto vendiam de uniforme ou mesmo quanto valia esse mercado. As próprias fornecedoras também davam pouca atenção a este item. Camisas de clubes sempre forma caras, o poder aquisitivo do torcedor médio era baixa, a pirataria comia solta e por aí vai.. Era uma época em que a tendência de consumo era baixa.
A Reebok e os clubes citados ajudaram a mudar um pouco esse mercado. Clubes e fornecedora se uniram para avaliar melhor o mercado, criar mega lojas, possibilitar um melhor acesso ao consumidor, novos artigos (não apenas as camisas oficiais) e criaram valor onde antes nada existia.
Passado pouco mais de cinco anos o mercado está muito diferente. As grandes marcas mundiais começaram a ver o mercado com outros olhos, dando ênfase aos clubes. O consumidor médio melhorou seu poder aquisitivo, passou a entender um pouco como comprar material oficial pode ser benéfico para seu clubes, as marcas passaram a dar outras opções e o mercado se tornou promissor.
Neste novo cenário as grandes do futebol (Nike e Adidas) mergulharam de cabeça. Corinthians/Nike e Flamengo/Adidas anunciaram contratos que, antes, pareciam impossíveis para clubes brasileiros. O São Paulo/Penalty não ficou atrás. Tudo parece ótimo, mas...
Pensemos...
Tirando o contrato do São Paulo, que ainda não oficializou o prazo do contrato, Corinthians e Flamengo anunciaram contratos de longo prazo, 10 anos. Porém, nos últimos cinco anos o mercado brasileiros mudou muito. Dois anos atrás os R$ 20 milhões do Palmeiras/Adidas eram muito. Hoje perto dos quase R$ 40 milhões do Flamengo/Adidas parece pouco, não?
Quando marcas como Adidas e Nike aceitam pagar algo que parece fora do comum para o mercado atual é porquê elas vislumbram um cenário de crescimento a longo prazo muito vantajoso para elas e o que é muito hoje, será pouco amanhã. Vamos lembrar do contrato da Nike com a Seleção Brasileira que também era de 10 anos. Quando assinado era o melhor do mundo. Passado pouco mais de dois anos todas as grandes seleções já tinham assinado contratos muito mais interessantes.
Esse é outro ponto. Quanto um clube assina um contrato novo puxa o mercado, mostra novos valores e, algumas vezes quebra alguns paradigmas.
Os contratos assinados pelos três clubes são, sim, hoje, excelente, mas guardemos este post e voltaremos a falar no assunto daqui uns quatro anos...
Grandes marcas não dão ponto sem nó...
3202 visitas - Fonte: ESPN
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