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A Odebrecht teve um prejuízo de R$ 29 milhões na gestão do Maracanã em 2018 mesmo com aumento de 69% em sua receita. Os números obtidos pelo blog servem como indicativo para clubes e Ferj que estão interessados em participar da administração do estádio após o governo do Estado do Rio anunciar o rompimento da concessão. Ainda não foi definido quem será o gestor, embora exista uma preferência pela federação do rio.
No meio de 2018, a Odebrecht fechou um contrato de longo prazo com o Flamengo que voltou a jogar frequentemente no Maracanã. No total, a receita da empresa saltou de R$ 14 milhões em 2017 para R$ 23 milhões no ano passado.
Ainda assim, o prejuízo da Odebrecht no ano cresceu para R$ 29 milhões em 2018 enquanto foi de R$ 26 milhões no ano anterior. A explicação é por conta da manutenção, contabilização de depreciação do patrimônio do Maracanã e investimentos feitos no passado.
Operacionalmente, sem contar a manutenção que é obrigatória por contrato, o Maracanã fecharia no azul com as receitas que tem incluindo desde o futebol, a bebidas e comidas, e shows. Ou seja, a arrecadação da Odebrecht no estádio seria suficiente para pagar os principais custos fixos: energia, gramado, água, segurança patrimonial, limpeza e pessoal. Isso não inclui as operações de jogo, bancadas pelas bilheterias.
A questão principal é a manutenção do estádio. Já ouve avaliações que demonstraram que esse item gira entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões se for feito corretamente com todos os reparos, por exemplo, na cobertura, nos placares, etc. É obrigatório que a construtora registre contabilmente esse desgaste do estádio.
No total, a Odebrecht acumulou prejuízo de R$ 277 milhões nos cinco anos que operou o estádio desde 2013. No início, a empresa contava com uma equipe numerosa e chegou a ter um déficit de R$ 77 milhões no ano da Copa-2014. Depois, já com intenção de sair do estádio, a Odebrecht reduziu sua equipe.
Maior interessada na gestão do estádio, a diretoria do Flamengo ainda não tem um levantamento sobre a viabilidade financeira do estádio. "Não tem ainda um estudo profundo sobre isso. Sempre nos manifestamos com interesse na gestão", afirmou o vice-presidente de Comunicação, Gustavo Oliveira, que esteve reunido com o governo do Estado na última terça-feira.
Na administração anterior, de Eduardo Bandeira de Mello, tinha sido feito um levantamento que indicava que o estádio seria rentável desde que a licitação do governo atendesse certas condições.
Veja o ano a ano das receitas do Maracanã
2013 – Odebrecht assume Maracanã no meio do ano. Depois assina com Fluminense e com o Flamengo em outubro – R$ 18.626
2014 – Ano da Copa do Mundo com pagamento de aluguel pela Fifa, Flamengo e Fluminense jogam no estádio: R$ 44 milhões
2015 – Primeiro ano cheio de calendário de futebol com Flamengo e Fluminense jogando no estádio: R$ 60,6 milhões.
2016 – Estádio passa a maior parte do tempo fechado para preparação para a Olimpíada do Rio-2016. É reaberto para poucos jogos no final do ano: R$ 5,1 milhões
2017 – Fluminense continua a jogar no estádio, mas o Flamengo sai por preferir a Arena do Urubu: R$ 14,2 milhões
2018 – Flamengo volta ao estádio no meio do ano após novo acordo com Odebrecht e após sair da Arena da Ilha no início do ano: R$ 23,2 milhões
Tem q falir!!! Construtora corrupta