Fluminense está falido e a Unimed não quer salvá-lo

1/8/2013 08:06

Fluminense está falido e a Unimed não quer salvá-lo

Fluminense está falido e a Unimed não quer salvá-lo
O problema do Fluminense vai muito além de Abel Braga.

A direção do clube poderia trazer José Mourinho ou Guardiola.

O resultado teria tudo para ser frustrante.

Pelo menos a curto prazo.

O motivo é simples.

A Unimed deixou de despejar milhões no clube.

A crise chegou à empresa e não permite altos investimentos nas Laranjeiras.

Acabou o privilégio de escolher grandes jogadores e os contratar.

Sem se preocupar com o preço.

A empresa mandou Celso Barros cortar os gastos.

O clube deixou de ser o com maior folha de pagamento no País.

Não poderia continuar bancando os R$ 8,5 milhões só de salários.

Mesmo com o clube ganhando o Brasileiro de 2012.

O máximo que a empresa suportou foi levar essa folha até a Libertadores.

Com mais uma frustrante queda, a ordem foi vender atletas.

Sem pena descartou sua maior revelação nos últimos anos.

Wellington Nem foi para o Shakhtar Donetsk.

O jogador de 21 anos fez de tudo para não ir para a Ucrânia.

Pediu, discutiu, implorou.

Não queria ficar longe dos holofotes.

Se o clube quisesse vendê-lo pelo menos procurasse equipes de maior prestígio.

Só que nenhuma delas chegou aos R$ 26,5 milhões.

Wellington teve de aceitar.

Ao clube das Laranjeiras coube 60% desse dinheiro.

30% era ficou com o empresário Eduardo Uram.

E 10% a um grupo de investidores.

Mal o dinheiro chegou já serviu para pagar salários.

Só que se a Unimed tem problemas, o Fluminense muito mais.

O clube já teve parte da sua premiação de campeão brasileiro de 2012 retida.

2cbf2 O problema do Fluminense não é só Abel Braga. São os mais de R$ 415 milhões em dívidas. E a mecenas Unimed ter parado de esbanjar dinheiro nas Laranjeiras. Por isso a obrigação de vender seus melhores jogadores. E abandonar as grandes contratações...

Os R$ 9 milhões não chegaram às Laranjeiras.

A Procuradoria Geral da Fazenda Nacional agiu.

E reteve a maior parte da premiação.

O clube teve de apelar aos bancos para pagar novembro e dezembro do ano passado.

O Fluminense deve cerca de R$ 415 milhões.

A PGFN quis os 60% da venda de Wellington Nem que o clube tem direito.

30% foi para os bolsos do empresário Eduardo Uram.

E 10% para um grupo de empresários.

O Fluminense está brigando na justiça para receber dos ucranianos.

A diretoria resolveu não mais divulgar como está a situação.

Neste meio tempo também vendeu Thiago Neves.

O jogador voltou para o Al Hilal da Arábia.

A Unimed era dona de 80% do jogador.

Abocanhou R$ 14,4 milhões.

Ao clube carioca, só R$ 3,6 milhões por seus 20%.

Mesmo assim, a situação continua complicada.

Abel estava implorando por reforços.

E o clube foi buscar o desconhecido Marcelinho no Oriente Médio.

Ele já chega para compensar a provável saída de Samuel.

O reserva de Fred está apalavrado com o Espanyol.

A quantia total é de R$ 9 milhões.

Nas Laranjeiras, chegarão R$ 4,5 milhões, já que o clube possui apenas 50% do atleta.

A endividada diretoria garante que não venderá sua principal estrela.

O assédio de clubes europeus é forte.

Principalmente depois da excelente participação na Copa das Confederações.

Conselheiros criticam a reforma de contrato com Deco.

O jogador caríssimo ficará até o final do ano.

Suas contusões são vilãs.

Já o impediram de atuar por mais de cem partidas.

Por isso se acreditava que ele iria embora no ano passado.

Mas renovou e continua custando R$ 650 mil.

O dinheiro sai da Unimed.

Mas conselheiros reclamam.

Acreditam que essa quantia seria melhor gasta com atletas mais jovens.

Ele completará 36 anos no próximo mês.

Abel se viu com uma equipe desfalcada, sem o mesmo poderio de 2012.

E com seu mecenas, Celso Barros, avisando que os cofres estão fechados da Unimed.

O técnico pode até perder o emprego.

Em Porto Alegre, o Fluminense chegou à quinta derrota consecutiva.

A campanha no Brasileiro é caótica.

Três vitórias e seis derrotas.

O clube está na zona do rebaixamento.

Abel disse que não entrega o cargo.

Aliados de Celso Barros falam em Vanderlei Luxemburgo.

O presidente Peter Siemsen gostaria de Cristóvão, técnico do Bahia.

E avalia também Ney Franco.

Conselheiros querem a volta de Muricy Ramalho.

A definição acontecerá esta tarde.

Mas seja quem for o treinador, o problema é muito maior.

A Unimed não está mais colocando dinheiro no time.

O Fluminense deve R$ 415 milhões.

E as autoridades fiscais estão cobrando forte sua parte.

Por isso tudo está tão complicado.

Abel Braga está longe de ser o maior entrave nas Laranjeiras...

(Ele acaba de ser demitido.

O Fluminense busca outro treinador no mercado.

Ele que consiga fazer o time jogar.

Sem a garantia sequer de salário em dia.

E com uma certeza.

Acabaram as grandes contratações da Unimed em 2013...)

6862 visitas - Fonte: Cosme Rímoli


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