A torcida do Flamengo lavou a alma. Não pela chuva fina que caiu no Maracanã, mas pelo roteiro do duelo contra o Internacional. Teve de tudo nesta quarta-feira: gol de Gabigol, expulsão de Guerrero, um grande susto e massacre no final. Imparável dentro de casa, o líder do Campeonato Brasileiro novamente mostrou o motivo que o credencia ao título na vitória por 3 a 1.
Com o triunfo, o Flamengo garantiu a liderança isolada do Brasileiro por mais uma rodada ao atingir 48 pontos. Além disso, abriu seis de distância do Palmeiras — que entra em campo hoje para enfrentar o CSA, às 19h15, no Pacaembu.
Completando a sequência de bons números, os comandados de Jorge Jesus chegaram à oitava vitória seguida no torneio, igualando o recorde do Cruzeiro em 2003 e 2014, nos pontos corridos. De quebra, seguem com 100% de aproveitamento como mandante, aumentando a melhor sequência na história do clube desde a mudança de formato.
O reencontro entre Flamengo e Internacional pouco lembrou aquele há 35 dias, pela Libertadores. Um rubro-negro de confiança elevada encarou um colorado à beira da crise após amargar o vice-campeonato da Copa do Brasil. Os mais de 60 mil torcedores nas arquibancadas — que já totalizam 500 mil ao longo da competição — deixavam claro o lado que pendia o favoritismo.
Odair Hellmann até tentou segurar o ímpeto rubro-negro escalando uma muralha de volantes. Nonato formou a trinca ao lado de Rodrigo Lindoso e Edenílson para não repetir o erro cometido na Libertadores ao deixar o meio-campo exposto. Deu certo por 20 minutos, mas bastou um erro para toda a estratégia ruir.
O talento individual de Everton Ribeiro foi o suficiente para achar Gabigol, que só parou dentro da área ao ser puxado por Bruno, que seria expulso. Pênalti que serviu para o camisa 9 cumprir sua profecia semanal e balançar a rede pelo 11º jogo seguido. Restou ao Internacional tentar evitar o pior, enquanto o Flamengo dominava a partida nos quesitos técnico, tático e principalmente mental.
Isso porque Paolo Guerrero virou o centro das atenções ao também ser expulso. De cabeça quente, o peruano alegou uma agressão de Rodrigo Caio e ofendeu a arbitragem. O cartão vermelho causou revolta no centroavante, que deixou o gramado proferindo palavrões e causando uma confusão generalizada. Com dois a mais em campo, era questão de tempo para o Flamengo definir a partida.
Nem o susto com Edenilson, que empatou para o Internacional com um belo chute de fora da área, atrapalhou o massacre que foi o segundo tempo. Não demorou para Arrascaeta, de cabeça, recolocar o Flamengo em vantagem. Assim como Bruno Henrique não tardou para fazer o terceiro, escorando a cabeçada do uruguaio. Com 14 finalizações só na segunda etapa, a chuva de gols perdidos no fim impediu a vitória de virar goleada, mas serviu para garantir mais três pontos ao líder do Campeonato Brasileiro.
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