9/1/2013 08:21
Da ebulição à calmaria aparente: Fla vive extremos em pré-temporadas
Em 2012, clube teve fase inicial de treinos marcada por crise entre Ronaldinho e Luxemburgo. Em 2013, jogadores dão voto de confiança a novos dirigentes
Dos grandes times cariocas, o Flamengo é o único que realiza toda a pré-temporada em casa, mesmo que ela ainda esteja em construção. Em 2013, a diretoria mudou, os muros do Ninho do Urubu cercam o time, e os primeiros dias de treinamentos só lembram os do ano passado pela ausência de reforços e pagamentos pendentes. O ambiente atual, porém, é de paciência e mais calmaria. Em 2012, em Londrina, no Paraná, e em Sucre, na Bolívia, com Vanderlei Luxemburgo de treinador e o clube comandado por Patricia Amorim, o clima era de apreensão, guerra fria entre o técnico e Ronaldinho Gaúcho, jogadores ressabiados fazendo voto de silêncio e o racha entre comissão técnica e diretoria, especialmente com o ex-vice de finanças Michel Levy.
Na pré-temporada há um ano, o time foi para um hotel na cidade do interior paranaense e treinava nos campos do Londrina, clube do empresário Sergio Malucelli, amigo de Luxa. Até então, o único reforço era o lateral-esquerdo Magal. Pouco depois, chegou o atacante Itamar, e a dupla contratação mereceu até paródia de uma famosa música de Sidney Magal.
Durante os dias de preparação, alguns jogadores – como Ronaldinho Gaúcho, Alex Silva e Deivid – viviam com atraso de pagamentos. Alguns reclamaram, o vice de finanças Levy tentou negar a crise e detonou a bomba ao dizer que as reclamações partiam de “um ou dois marqueteiros fazendo barulho”.
No dia seguinte, os jogadores – grande parte ainda integra o elenco atual – se recusaram a dar entrevistas. Luxa saiu em defesa do grupo e atacou Levy.
O caldo quente entornou de vez quando Vanderlei deu de cara com Ronaldinho Gaúcho em atitude e horário suspeitos no hotel que servia de concentração para o Rubro-Negro. Descobriu que o jogador passara a noite em um quarto acompanhado de uma mulher e pediu a diretoria que tomasse uma medida enérgica. Mas o ex-camisa 10 foi apenas advertido.
O ambiente interno era de tensão. Para piorar, o diretor da época, Luiz Augusto Velloso, e o gerente Isaías Tinoco mal se falavam.
Em 15 de janeiro, horas antes de o Flamengo enfrentar o Corinthians em um amistoso em Londrina, Ronaldinho demorou mais do que o normal para descer do ônibus. Na chegada ao Estádio do Café, o camisa 10 falava ao telefone com a presidente Patricia Amorim. As pendências financeiras e a crise com Luxemburgo eram o tema da conversa. Do outro lado da linha, Patricia prometera que Luxa não teria vida longa no cargo.
De Londrina para a Bolívia, o Flamengo não deixou os problemas pelo caminho. Alex Silva, sim. Insatisfeito com o atraso no pagamento de luvas, o zagueiro decidiu abandonar a concentração no dia da viagem a Sucre.
- O que me motivou foi a nova administração, com os profissionais que estão aqui no Flamengo. Tive uma conversa com todos eles, que demonstraram que desejam voltar a fazer do Flamengo um clube grande. Até porque, dos clubes que eu vim, as coisas eram corretas, eram verdadeiras e me acostumei com isso. Aqui, na outra passagem, eu não encontrei isso - afirmou Alex Silva, na segunda-feira.
1112 visitas - Fonte: Globo Esporte
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