O Sporting (POR) deseja receber um valor superior a um milhão de euros (R$ 2,6 milhões) pelo empréstimo de Elias durante 30 meses. E o pagamento da metade desse montante deve ser feito à vista e o restante em até seis meses, com garantias. A pedida dos portugueses pode brecar a operação montada por Paulo Pelaipe, que conversa com o investidor português detentor de 50% dos direitos econômicos do volante.

O diretor executivo abriu uma negociação paralela com Jorge Mendes, dono deste fundo, nas últimas semanas, por meio do empresário Carlos Leite, com quem mantém relação estreita desde os tempos do Grêmio, quando Mano Menezes ainda era o treinador.

A iniciativa de Paulo Pelaipe confrontou as negociações já adiantadas desde dezembro pela antiga diretoria com Sporting, dono dos outros 50% dos direitos econômicos, através de uma empresa do Rio de Janeiro. O nome de Elias fazia parte da lista de reforços feita por Zinho e Dorival Júnior e o clube já tentava com o presidente dos Leões, Godinho Lopes, o empréstimo por um valor mais acessível.

Entre os dias 27 e 28 de dezembro, porém, Pelaipe ligou para o pai e agente de Elias, Eliseu Trindade, na tentativa de chegar a um acordo financeiro com o jogador. E ouviu que o volante gostaria de retornar para o futebol brasileiro, desde que o salário de 160 mil euros (R$ 416 mil) fosse mantido. E o dirigente concordou com a pedida.

Foi neste momento que Pelaipe recorreu a Carlos Leite para fazer a ponte com o fundo de Jorge Mendes. O empresário brasileiro era o braço do investidor no Brasil há alguns anos e, apesar de uma rusga entre eles nesse período, as relações foram restabelecidas.
Havia uma possibilidade de Elias ser negociado com o La Coruña, pelo próprio fundo, mas os espanhóis acertaram com Paulo Assunção, volante ex-São Paulo e Palmeiras.

O Flamengo precisa, agora, aceitar as condições determinadas pelo Sporting, que é dono dos direitos federativos, ou terá de propor uma composição com o fundo de Jorge Mendes na tentativa de um empréstimo. Elias foi comprado pelo clube português por oito milhões de euros (R$ 20,8 milhões) e a possibilidade de venda, por ora, está descartada.