Flamengo acertou patrocínio master com Banco de Brasília (Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo)
Em tempos de recessão econômica, o Flamengo festeja o acordo com o Banco de Brasília (BRB), seu mais novo patrocinador master. Como o contrato prevê algumas variáveis, o Rubro-Negro, em seu cenário mais otimista, prevê ganhos de até R$ 55 milhões.
De acordo com Luiz Eduardo Baptista, o Bap, vice-presidente de relações externas do Fla, o novo casamento significa mais do que uma exposição da marca, mas uma parceria de negócios. Como o clube ganhará percentuais por produtos vendidos pelo BRB, caberá aos rubro-negros fazer com que a torcida se engaje na causa.
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"O BRB vai aportar R$ 32 milhões fixos [em cada um dos três anos de acordo]. Quando apareceu isso, a gente não teve muita dúvida. Em alguns produtos como cartões de crédito, debito e contas, teremos participação. Se florescerem os resultados, poderemos chegar a uns R$ 55 milhões no terceiro ano. O Flamengo não quer só um patrocinador, quer parceiro de negócios", disse ele ao UOL Esporte.
O namoro com o BRB é antigo e começou por meio do basquete do Fla. Satisfeita com a visibilidade obtida, a instituição financeira resolveu carregar suas baterias para o futebol e propôs ao Flamengo uma espécie de sociedade em um bango digital a ser criado.
Durante a negociação, a expectativa era que o banco ocupasse o espaço na manga, que hoje está vago. Ante a agressividade da proposta e o recuo financeiro da Amazon, que era dada como certa na Gávea, o BRB "atropelou" e ficou com o espaço mais nobre do manto.
"Tínhamos três ofertas antes da pandemia. A gente se aproximou econômica e conceitualmente da Amazon, mas eles alegaram que o momento não justificava [o investimento]. Com a proposta menor, ficou desinteressante", acrescentou Bap, que disse não haver nada de concreto para a comercialização da manga do uniforme.
Sem bilheteria e com perdas no sócio-torcedor, o novo patrocínio ganha ainda mais importância no clube e a expectativa é que a marca já esteja estampada na camisa no jogo diante do Boavista, em 1º de julho. A matéria, no entanto, ainda tem de ser aprovada pelo Conselho Deliberativo.
Segundo números das demonstrações financeiras do ano passado, o Rubro-Negro embolsou R$ 78,8 milhões em patrocínio, publicidade e royalties. O orçamento de 2020 aponta para ganhos de R$ 108,7 milhões, mas este número deve ser readequado por conta da pandemia do novo coronavírus. Marca que estampava o calção, o Azeite Royal rompeu o contrato unilateralmente. O clube tem cinco marcas estampadas nos uniformes e espera ocupar as duas propriedades ainda vagas.
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