A Seleção sub-20 se acostumou a chegar ao Campeonato Sul-Americano da categoria na condição de favorito. Vai ser com este peso que os meninos do Brasil vão entrar em campo já na estreia, nesta quinta-feira, às 21h, quando enfrentam o Equador, na Argentina, em busca do 12º título - o SporTV transmite ao vivo. Mas nem sempre foi assim. Após o primeiro troféu, em 1974, o futebol brasileiro consolidou sua força na base em 1983, quando levou o Sul-Americano e também o Mundial, com uma geração que tinha Bebeto e Dunga.

Bebeto, que agora estará na torcida pelo filho Mattheus, jogador do Flamengo e camisa 7 da seleção sub-20, sabe bem a importância de começar a carreira na seleção desde a base.

- Quando cheguei do Sul-Americano fui contratado pelo Flamengo - recorda o ex-jogador, que se tornaria campeão do mundo pela seleção principal em 1994.

Para o ex-atacante Gilmar Popoca, que também iniciou a carreira no Flamengo, as conquistas daquele ano foram fundamentais para o crescimento das categorias de base, na Seleção e nos clubes.

- Foi o início não só para nós, atletas, mas para o Brasil, (que passou) a dar cada vez mais importância ao trabalho de base.
Aquele grupo ganhou vitrine e não demorou a sentir os reflexos da conquista, como lembrou o ex-atacante Paulinho Carioca, revelado pelo Fluminense.

- Todos que participaram daquela seleção jogaram na Europa, todos mesmo, titulares e reservas.

A final do Sul-Americano, contra a Argentina, foi transmitida ao vivo no Brasil. Após estar perdendo por 2 a 1, a Seleção conseguiu a virada, com dois gols de pênalti, o que revoltou os hermanos.

O ápice daquele grupo, comandado por Jair Pereira, veio na sequência, com a conquista do Mundial da categoria, novamente em cima do maior rival.

- A ficha só caiu quando chegamos aqui - admite Paulinho Carioca.
Foi o primeiro Mundial da categoria. O Brasil voltou a vencer em 1985, 1993, 2003 e 2011, o último com Oscar como a grande estrela. No Sul-Americano, já são 11 títulos: 1974, 1983, 1985, 1988, 1991, 1992, 1995, 2001, 2007, 2009 e 2011. Na última edição, Neymar e Lucas brilharam pela Seleção.