A cada dia que passa, a nova diretoria do Flamengo fica mais convencida de que o clube precisa ter um estádio próprio — e já vem conversando a respeito com dois grupos. Os custos de operação do novo Maracanã são mais que o dobro dos de Brasília e dez vezes os do Engenhão. Neste, pagava-se R$ 0,90 por torcedor presente. No Maracanã sai por R$ 10 para públicos de até 38.575 presentes.
O preço do “Maraca” para o Fla continua sendo, no mínimo, R$ 600 mil a mais do que em Brasília. Comparando arrecadações idênticas no Mané Garrincha e no Maracanã (R$ 3.082.555), pagar-se-ia no Rio R$ 991.499,28 reais a mais, sendo R$ 680 mil de aluguel, R$ 196.663 de despesas de operação do estádio e R$ 94.000 de perda de receitas de camarotes e bares, que na Capital Federal são bem maiores.
É verdade que no “Manézão”, o Flamengo gasta mais 10% (R$ 308.255,50) da receita bruta nas taxas das Federações. Quando joga no “Maraca” paga 5% à Federação do Estado do Rio. Para autorizar o jogo em Brasília a Federação do Rio cobra 10% (?!?!) e a Federação de Brasília mais 5%.
Foi para estudar e avaliar esses números, que o Flamengo preferiu fazer um contrato experimental, até dezembro, com 50% do faturamento e dos gastos de cada partida. Criou-se, dentro do clube, um departamento apenas para operar os jogos e o trabalho tem sido tão minucioso que a CBF já contratou o seu serviço para o próximo amistoso da seleção em Brasília. Ou o Consórcio Maracanã (leia-se, Odebretch) abre o olho, ou vai ficar sem o clube Mais Querido do Brasil (ou seja, aquele que pode lhe trazer as maiores arrecadações).
Comentários do Facebook -