A diretoria do Bahia ainda não confirma a transferência de Gabriel para o Flamengo, mas trata o assunto como se tudo já estivesse definido. Nesta quinta-feira, em entrevista à Rádio Brasil, o diretor de futebol do Tricolor, Paulo Angioni, falou sobre a possibilidade do meia deixar o Fazendão com destino ao Rio de Janeiro. O cartola lembrou que recebeu várias sondagens pelo atleta e destacou que o Rubro-Negro carioca tem boas chances de acertar com a jovem revelação de 23 anos.

- É um fato. O Gabriel é um jogador criado no Bahia, com um potencial muito grande, que fez um segundo bom Brasileiro. Vários clubes do Brasil mostram interesse nesse jogador. Eu acredito que é um assunto que possa evoluir favoravelmente ao Flamengo, mas não posso afirmar que a operação está concretizada – disse Angioni.

O diretor de futebol do Bahia aproveitou para elogiar o futebol de Gabriel, que passou por uma cirurgia no nariz recentemente, mas já participa normalmente da pré-temporada no Fazendão, em Salvador.

- Ele é um jogador que tem um nível de inteligência e leitura de jogo muito grande, se adapta em algumas posições no campo, já jogou de lateral direito no Bahia, gosta da parte ofensiva, chegar na área, fazer assistência e fazer o gol. Tem bastante qualificação - afirmou.

Para Angioni, uma transferência para o Flamengo será ótima para carreira de Gabriel.

- É um menino do futebol moderno. Ele alia sua capacidade técnica dentro do campo com sua condição de cidadão fora do campo. Não tenho dúvidas de que, em se tratando de um grande clube como o Flamengo, ele deve estar extremamente feliz. Eu acredito que uma transferência será satisfatória para ele, apesar de ter muito carinho com o Bahia – pontuou o cartola tricolor.

Gabriel carrega o Bahia no sangue. O jogador é neto de Flávio, volante campeão brasileiro em 1959 pela equipe baiana, e chegou ao clube levado pelo presidente do Tricolor, Marcelo Guimarães Filho. Ele foi descoberto numa pelada que disputava com o dirigente.

Após uma rápida passagem pela base, o jogador foi aproveitado por René Simões, que comandava o Bahia em 2011. No entanto, com o treinador, o garoto teve poucas chances no ataque. A maioria das vezes que esteve em campo foi improvisado como lateral. O mesmo aconteceu com a chegada de Joel Santana, ainda na mesma temporada.

Somente em 2012, com a chegada do técnico Paulo Roberto Falcão, passou a ser aproveitado na sua posição de origem. Sob a batuta do Rei de Roma, o jovem foi eleito o craque do Campeonato Baiano de 2012, quando foi um dos principais responsáveis por tirar o Bahia da fila de dez anos sem título. No Brasileirão, Gabriel seguiu em alto nível e firmou-se como principal nome do time na temporada, com 13 gols marcados em 2012.