Jorge Jesus fez história no Flamengo e abalou estrutura dos técnicos brasileiros

7/10/2020 12:11

Jorge Jesus fez história no Flamengo e abalou estrutura dos técnicos brasileiros

Treinador português fez história no país do futebol e colocou em xeque técnicos

Jorge Jesus fez história no Flamengo e abalou estrutura dos técnicos brasileiros
Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

A passagem do português Jorge Jesus pelo Brasil causou um furacão e mexeu com a estrutura do nosso futebol.



O sucesso, em apenas 13 meses de trabalho, com os cinco títulos conquistados no comando do Flamengo (Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores, Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil, Campeonato Carioca) e quatro derrotas, colocou em xeque os treinadores vencedores do país do futebol.


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Antes da chegada do português, era muito comum, quase rotina, um técnico consagrado, o famoso "medalhão", assumir o comando de uma equipe em caso de demissão de outro profissional.

O Palmeiras, campeão brasileiro de 2016 e 2018, e da Copa do Brasil em 2015, por exemplo, teve no período de cinco anos, Oswaldo de Oliveira (2015), Marcelo Oliveira (2015/2016), Cuca (2016 e 2017), Luiz Felipe Scolari (2018), Mano Menezes (2019) e agora Vanderlei Luxemburgo (2020).

Todos eles técnicos consagrados e com vários títulos no currículo. Treinadores da nova geração foram testados nos intervalos de saída de alguns desses "medalhões", Eduardo Batista, Alberto Valentim e Roger Machado, por exemplo, mas não duraram. Caso Luxemburgo, que já conquistou o Paulista deste ano, e não conquiste a sonhada Copa Libertadores, em sua quinta passagem pelo clube, com certeza a torcida não perdoará o ídolo.

Antes da sua chegada, a torcida alviverde queria técnicos estrangeiros. Por que? Simples! O sucesso de Jorge Jesus deixou todos desacreditados. E quem perde com isso é o próprio futebol brasileiro. O Palmeiras até teve técnico estrangeiro em 2014: Ricardo Gareca. O peruano trabalhou por apenas três meses e não conseguiu realizar o que queria. Hoje, com um bom trabalho na seleção peruana, o nome dele sempre aparece como um candidato.

O caso do Corinthians é outro que precisa ser analisado com calma. A dois pontos da zona de rebaixamento, o time alvinegro vive um momento difícil no Brasileirão. A aposta no técnico brasileiro sensação do ano passado, Tiago Nunes, não deu certo. Sem dinheiro, o clube apostou em Dyego Coelho, prata da casa. Nada mudou na equipe.

Com pressão e protestos, o jovem técnico balança. E claro, surgem dezenas de nomes para substituir o novato no Corinthians. Um deles, chama atenção. O sueco Sven-Göran Eriksson, de 72 anos, aquele que comandou a seleção da Suécia contra o Brasil na Copa do Mundo de 1994 e fez sucesso na Itália com a Lazio. Notícia quente, mas com certeza jogada de mestre de empresário. Pagar salário para o ex-técnico da seleção da Inglaterra seria missão quase impossível ao Corinthians.

Loucuras do futebol brasileiro. "Ah, ele fala português", dizem alguns especialistas. Nesta terça-feira (6 de outubro) perguntei ao jogador do Lyon, Bruno Guimarães, na entrevista coletiva da Seleção brasileira, se além da péssima campanha do time no campeonato Francês, existia outro motivo para a demissão de Sylvinho. Bruno, que ainda não estava no time, disse que alguns jogadores falaram sobre dificuldades com a língua francesa.

Esse não é o único problema. Nenhum técnico estrangeiro conseguirá mudar alguma coisa em um time brasileiro em menos de seis meses. A adaptação por aqui é difícil. Somos um país diferente e o futebol, nem se fala.

Veja o caso do catalão Domènec Torrent. O treinador pegou o super time do Flamengo pronto e tem sofrido. A torcida que era só alegria, mudou de comportamento e em poucos jogos já queria a cabeça do treinador. E vai ser assim até o final da temporada, se o time alternar altos e baixos.

Ser treinador no país do futebol não é tarefa fácil. Em 13 rodadas do Brasileirão da Série A, nove treinadores já foram demitidos. São eles: Ney Franco e Thiago Larghi (Goiás), Tiago Nunes (Corinthians), Paulo Autuori (Botafogo), Roger Machado (Bahia), Felipe Conceição (Red Bull Bragantino), Daniel Paulista (Sport), Dorival Júnior (Athletico-PR) e Eduardo Barroca (Coritiba). O último foi o experiente e campeão Paulo Autuori, desligado do Botafogo na 12ª rodada.

Sou a favor de contratar técnicos estrangeiros para o futebol brasileiro, mas não acredito que eles consigam apagar incêndios como o do Corinthians. A mudança deve ser imediata. Um técnico com experiência precisa chegar o mais rápido possível para mudar tudo, vencer e tirar o time da lama. Já falaram de Felipão, Dorival Júnior, entre outros. A torcida vetou Dunga. Não quer de jeito nenhum.

O interino Dyego Coelho tem futuro como treinador e pode retornar à base do clube para aprimorar o seu trabalho. Se o "prata da casa" continuar no comando da equipe, daqui a pouco não dará mais tempo do Corinthians se recuperar no Brasileirão. E não é só o Corinthians que precisa de técnico. A 14ª rodada desta quarta-feira (7 de outubro) poderá ter mais treinador degolado. Sem vencer há sete jogos com o São Paulo, Fernando Diniz é a bola da vez.

A lista de técnicos desempregados no mercado é grande entre a nova geração e "medalhões". Tem treinador para todos os gostos com estilos para cada necessidade: campeões, ofensivos, amigos de jogadores, retranqueiros e generais.

Oswaldo de Oliveira, Abel Braga, Luiz Felipe Scolari, Cristóvão Borges, Dorival Júnior, Celso Roth, Falcão, Dunga, Roger Machado, Tiago Nunes, Ney Franco, Thiago Larghi, Rodrigo Santana, Argel Fucks, Zé Ricardo, Alberto Valentim, Eduardo Barroca, Cristóvão Borges, Adilson Batista, Sylvinho, Felipe Conceição, Daniel Paulista.

A verdade é que chegou a hora dos nossos técnicos mudarem de comportamento e se dedicarem um pouco mais, assim como fez Jorge Jesus e faz Jorge Sampaoli, no líder Atlético-MG. Treinar o time com mais seriedade para vencer todos os jogos e buscar títulos. Impressionante como Jesus e Sampaoli trabalham com o time à beira do gramado. Energia e intensidade o tempo todo.



Um alerta: essa mudança precisa ser rápida! O argentino Jorge Sampaoli poderá repetir o feito do português Jorge jesus e conquistar o Brasileirão. Ele já foi vice no ano passado.

Dois anos seguidos com técnicos estrangeiros campeões, no maior torneio do país do futebol, seria a aposentadoria de muitos treinadores que até há dois anos eram a solução para os gigantes brasileiros.

Flamengo, Jorge Jesus, História, Abalou, Estrutura, Técnicos, Brasileiros, Mengão

406 visitas - Fonte: Blog do Sartori/Fox Sports


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Isaac Araujo     

Fez história mas saiu pela porta dos fundos.

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